Trabalhadores da RPBC e UTE, em Cubatão, decidem em assembleia situação da parada de manutenção

De 3 a 10 de março

No período compreendido entre 03 a 10 de março, os trabalhadores e trabalhadoras da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) e da UTE, em Cubatão, irão deliberar, em assembleia, sobre o desdobramento da reunião do Sindicato com RH da RPBC que tratou da imposição de condições durante a parada de manutenção. Em pauta também, aprovação de mobilização ou greve e assembleia permanente.

O pleito é uma solicitação dos trabalhadores feita durante as setoriais que aconteceram na sede do Sindicato, em Santos. 

Os petroleiros estão dispostos a "cruzar os braços", mais uma vez, para terem os direitos preservados. A mudança no Total de Hora Mensal (THM) de 168 horas para o regime do administrativo que é de 200 horas mensal é mais um ataque desferido pela gestão da unidade contra a força de trabalho. Se o trabalhador do turno for transferido para o adm irá trabalhar 32 horas a mais por mês sem receber essa diferença. Esse já é um direito garantido em assembleia durante dois anos, mas os gestores não cansam de promover o caos numa unidade que vem operando no limite por falta de mão de obra e por outras debilidades.

Outro detalhe importante, e que deve ser destacado, é o padrão PP-1PBR - 0516 versão Q foi alterado para a versão R. A mudança foi realizada em dezembro de 2020 após a  assinatura do ACT do período. O primeiro padrão garantia o pagamento das horas extras no mês subsequente as paradas de manutenção. Com a nova versão do padrão as paradas de manutenção foram excluídas lesando os trabalhadores de forma ilegal. Isso significa não receber nada e trabalhar horas a mais. Bom para a empresa, mas péssimo para a força de trabalho. 

As assembleias fazem parte do rito burocrático para iniciarmos o movimento paredista. Diante de todos os problemas apresentados e total falta de diálogo por parte da empresa com a categoria, somente com o envolvimento dos trabalhadores nas discussões será possível frear a gerência, que segue querendo se impor com truculência. Portanto, a greve hoje se mostra a única ferramenta capaz - não só para os petroleiros, mas para todos os trabalhadores — de reverter os ataques que estão sendo cometidos pelo RH da empresa e da unidade.

Vale destacar, que é importante a participação de todos para demonstrarmos que ninguém está “para brincadeira”. As assembleias acontecem na porta da RPBC e como feito anteriormente, irá contemplar todos os grupos de turno e adm. 

O recado foi dado, todas as tratativas e boa vontade negocial foram colocadas sobre a mesa, mas a gestão da Petrobrás quer ir para o embate e nós não fugiremos à luta!