GT
Na primeira reunião do GT AMS, realizada nesta quinta-feira (2/3), a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) exigiu que, além da suspensão do reajuste de 23% do Grande Risco da Tabela AMS, que já foi anunciada para o mês de março, que a empresa estude uma maneira de reduzir os valores da tabela, a partir da perspectiva de redução à relação de custeio 70x30. Essa medida é fundamental para que o plano de saúde volte a caber no bolso da categoria, fundamentalmente dos aposentados e pensionistas, que são as principais vítimas da atual política da companhia. Desde 2020, a contribuição ao Grande Risco já subiu em média 165%, muito acima dos reajustes meramente parciais da inflação que os petroleiros tiveram desde então, que totalizaram apenas 20%.
Vale lembrar que enquanto pressiona pela definição de um índice de reajuste ainda no mês de março, a empresa apresentou um lucro recorde de R$ 188 bilhões de reais e pagou, em 2022, R$ 194Bilhões de reais em dividendos aos acionistas. Não faz o menor sentido aceitarmos um reajuste da tabela, já que a perspectiva da categoria é que a nova gestão apresente uma mudança na política global da AMS, contemplando o retorno à gestão própria do plano e à redução dos valores das tabelas, a partir do custeio com uma tabela grande risco 70x30, mas uma meta global na casa da histórica relação de custeio que fechava/variava entre 24% e 26% a participação efetiva dos trabalhadores. Direitos atacados diretamente desde o ACT 2017 pelas gestões Temer/Bolsonaro.
Não é justo aumentar estratosfericamente os custos do plano de saúde contra os trabalhadores da ativa e, especialmente contra aposentados e pensionistas, que sequer tem alguma perspectiva de carreira e reajuste, significando diretamente redução de poder de compra sem possibilidade de mitigação no curto ou médio prazo.
Na próxima segunda-feira (6/3), ocorrerá a segunda reunião do GT- AMS. A direção da FNP também irá apresentar nas próximas reuniões um plano que contemple as reivindicações da categoria e que possa impedir mais um aumento nas tabelas da AMS e rumar à condição de direitos históricos da categoria.
Fonte: FNP