AMS
Petrobrás enviou documento afirmando que reajustará a tabela do Grande Risco em 13,57%, de forma retroativa a 01/03/2023. FNP e sindicatos defendem que não haja reajuste
Na última sexta-feira (31/03), a FNP teve mais uma reunião do GT de AMS (compromisso do ACT), onde mais uma vez defendeu que a Petrobrás abra discussão sobre a relação de custeio do plano e que não seja feito nenhum reajuste nas tabelas. Infelizmente, ao invés de abrir diálogo com os sindicatos, a companhia afirmou que definiu o reajuste de 13,75% retroativo a 01/03/2023.
Desde o início das negociações do GT, a Federação Nacional dos Petroleiros exigiu o desmonte da política bolsonarista que vem destruindo a AMS e expulsando milhares de famílias petroleiras do plano. Após 4 anos de gestão ultraliberal, o nosso plano ficou mais caro, menos abrangente e perdeu qualidade.
As negociações no GT também tiveram como empecilho a falta de transparência da empresa. Apesar de previsto no compromisso que deu origem ao GT, a empresa se negou a discutir os custos relativos a acidentes de trabalho, doenças laborais e acompanhamento dos empregados. Esses custos devem ser arcados exclusivamente pelo empregador, conforme a legislação.
“É preciso que a nova gestão desmonte o legado bolsonarista da gestão da AMS. A relação de custeio 60×40 é insustentável, não cabe no bolso da categoria. Quem mais sofre são os aposentados e pensionistas, que viram o custo do plano de saúde disparar nos últimos 4 anos. Ao invés de reafirmar essa política, é preciso que a gestão assuma o compromisso de garantir o acesso ao plano, tornando a AMS mais abrangente e, sobretudo, mais barata”, afirma Marcio André, Diretor da FNP e do Sindipetro/LP.
A FNP defende a continuidade das negociações e não aceitará o reajuste unilateral. Iremos questionar judicialmente essa medida e já enviamos ofício externando o posicionamento da federação e propondo uma nova data de reunião.
Fonte: FNP