Sindipetro-LP se reúne com gerente da UO-BS, cobra melhorias no contrato de alimentação e internet mais rápida

Reunião com a Petrobrás

O Sindipetro-LP teve reunião sobre alimentação e internet, na quinta-feira (04), com o gerente de contrato responsável. A reunião aconteceu em resposta as reclamações dos trabalhadores, durante a vistoria da Operação Ouro Negro na plataforma de Mexilhão, quando o sindicato recebeu muita reclamação, desde o baixo efetivo nas contratadas, baixos salários, desconto na folha de funcionários que pegaram covid-19, e insumos insuficientes para preparar as refeições, pois muitas vezes faltam o básico para o preparo dos alimentos, assim como faltam alguns tipos de alimentos. 

Na reunião, o gerente de contrato da hotelaria da UO-BS reconhece os problemas nas plataformas, oriundos da atual prestadora de serviços, e disse que já autuou por diversas vezes a empresa. Segundo o gerente, só na plataforma de Mexilhão (PMXL) e Merluza (PMLZ), por exemplo, nos últimos meses foram aplicados de R$ 3 milhões em multas e que há um grupo de trabalho (GT) para analisar alternativas para melhoria na contratação.  
O Sindipetro-LP solicitou que na próxima contratação, que ocorrerá em dezembro, com exceção da P-71, que tem um contrato mais recente, que os alimentos sejam adquiridos diretamente pela Petrobrás, para garantir a qualidade dos produtos. De acordo com o gerente de contrato, essa proposta será levado ao GT.

 A gerência disse ainda que será realizado juntos aos trabalhadores das plataformas, ao fim de cada embarque,  avaliação dos serviços de hotelaria/alimentação, seguindo a nova linha do Recursos Humanos, que é dar ouvidos aos trabalhadores. Vale lembrar que durante a Operação Ouro Negro, os trabalhadores da PMXL entregaram um abaixo-assinado, relatando os problemas e declarando insatisfação com o serviço prestado.
A diretoria do Sindipetro-LP relatou que recebeu diversas informações de que uma mesma empresa tem concentrado diversos contratos com a Petrobrás, criando uma espécie de monopólio, herança do governo anterior. Para o sindicato, o monopólio de contratos por uma mesma empresa pode ser prejudicial para a Petrobrás, pois mesmo que aplique várias multas para que a empresa se adéqüe ao padrão da companhia, ela pode pedir falência e deixar sem contrato as unidades de quase todo sudeste.
O sindicato denunciou outro ataque aos terceirizados, que foi o retrocesso nos contratos de prestação de serviços, que desobrigou o plano de saúde familiar e que com salários cada vez mais baixos a cada nova contratação a rotatividade de mão de obra tem sido cada vez maior. A diretoria solicitou medição contratual contra rotatividade de empregados, alertando pela necessidade das contratadas valorizarem seus empregados e dar mais estabilidade no emprego dessa mão de obra tão precarizada nos últimos anos.

Reunião sobre Internet nas plataformas
Foi apresentado, conforme solicitado pelo sindicato, o andamento da implantação da fibra óptica. A empresa falou sobre as dificuldades enfrentadas para liberações ambientais e atualizou o sindicato sobre o cronograma para o funcionamento da linha. O custo desse investimento ficou em torno de US$ 245 milhões e o centro de contratação e implantação que atenderá as plataformas ficará no Edisa e atenderá as plataformas da Bacia de Santos, inclusive o campo de Búzios, alem das afretadas, com possibilidade de venda do serviço para plataformas privadas. A primeira plataforma onde a fibra óptica será implantada será a de Mexilhão. O sindicato cobrou verificação do sistema interno de repetição da rede WMAR, em Mexilhão, pois o limite de velocidade de 16Mb está bem inferior das demais plataformas, o que foi pontuado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), na ocasião da Operação Ouro Negro nas visitas realizadas nas plataformas P-67, P-66, PMXL e FPSO Cidade Carioca.
A previsão do término da obra de infraestrutura e comissionamento em PMXL está prevista para 15 de dezembro de 2023 e a capacidade de tráfego de dados saltará de 16mb para 10Gb.
Estamos acompanhando o andamento das demandas apresentada pelo sindicato e cobraremos as soluções e cumprimento dos cronogramas apresentados pela empresa.

Seguimos na luta!