Você sabe como funcionam os GTs que estão ocorrendo com as federações dos petroleiros e a gestão de RH ?

Petrobrás e Transpetro

Primeiro de tudo é importante saber que os grupos de trabalho foram divididos em dez temas: AMS/PETROS; Efetivo e Transferências; SMS e Saúde Mental; PLR-PPP/PCAC-PCR/ANPR; Teletrabalho; Terceirização; Anistia; Banco de Horas/HETT/Tabela de Turno; PCD/Diversidade/Combate às Opressões e Planejamento Estratégico.

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) participa das reuniões com dois representantes de cada sindicato, além de assessoria, advogados e técnicos do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (IBEPS) e Instituto Latino-Americano de Estudos Socioeconômicos (ILAESE). A organização da FNP para esses encontros é feita da seguinte forma: existe o grupo oficial, responsável por conversar com o RH da Petrobrás, que se reúnem previamente para discutir os temas que serão pautados. Nessas reuniões, qualquer diretor da FNP pode participar para ajudar. A intenção é promover o debate técnico e discutir o que cada um pensa, além de coletar o feedback da categoria em suas bases, com o intuito de reunir informações importantes para que o grupo possa debater com a Petrobrás ou Transpetro. Dessa forma, garante-se a participação de todos os representantes nas discussões do grupo.

Com a gestão de RH, as primeiras reuniões são organizadas para definir as agendas, se serão semanais ou quinzenais, de acordo com a complexidade de cada ponto, bem como a disponibilidade tanto dos gestores quanto dos representantes das federações. Infelizmente, as reuniões do GT são realizadas separadamente.

Os dirigentes da FNP e FUP não dialogam em uma única mesa de negociação. A FNP tem buscado realizar reuniões conjuntas há anos, o que aceleraria as discussões, as agendas e também daria mais força a cada ponto, mas infelizmente isso não se concretizou.

Outro ponto importante é que essas reuniões não têm caráter deliberativo. Ou seja, os debates são realizados sobre a importância das demandas dos trabalhadores, com embasamento técnico fornecido pelo IBEPS e ILAESE, bem como pela equipe jurídica, e também por meio de explanações e manifestações verbais dos diretores que fundamentam o tema. Após as discussões e manifestações por parte da federação, a Petrobrás também apresenta os prós e contras, os impactos financeiros, as dificuldades e a possibilidade de implementação. Se houver consenso quanto à demanda e ao tema, há duas formas de proceder: a primeira é encaminhar diretamente para a diretoria executiva da empresa para aprovação e implantação, ou emitir orientações para implementação e também cláusulas de acordo coletivo, que serão debatidas na data-base da categoria.Por isso, é muito importante que os trabalhadores acompanhem as informações das reuniões e também façam suas manifestações na intranet, por e-mail e nas mídias sociais dos sindicatose federação. Cada sindicato possui sua própria forma de esclarecer para a categoria, seja nas mídias sociais ou através de barracas nas portas das unidades, como é o caso do Sindipetro-LP, onde podem ser esclarecidas dúvidas sobre o que está ocorrendo. 

Todos os GTs são de fundamental importância e tem impacto no dia a dia da categoria, Os GTs têm grande importância no processo de negociação, mas o que vai garantir os avanços aos pleitos dos trabalhadores será a unidade da categoria e nossas mobilizações, quando necessárias. Paralelamente ao GT da Petros, por exemplo, nossa unidade será colocada a prova no próximo dia 30, com o Grande Ato Unificado em Defesa dos participantes da Petros, para demonstrarmos a importância sobre o tema e o engajamento da categoria. Portanto, participe de todos os atos, seja nas barracas, nas manifestações por mídias sociais ou na intranet. Sua participação é muito importante para avançar os direitos da categoria.