Ingerência no sistema de nível e promoção prejudica trabalhadores da Alemoa para favorecer outros setores

PCR viciado

O Sindipetro-LP vem denunciar a gestão administrativa da Transpetro, especificamente no Terminal Aquaviário da Alemoa, por práticas que burlam o sistema de avanço de nível e promoção dos trabalhadores. Essas práticas vão contra o padrão estabelecido pela própria empresa, criando um sistema que atende aos interesses dos gestores, em detrimento dos critérios objetivos e transparentes que deveriam beneficiar os trabalhadores em geral.

De acordo com o procedimento de avaliação de nível e desempenho, a empresa previu que 50% de todos os trabalhadores que migraram para o Plano de Carreira e Remuneração (PCR) seriam contemplados com avanço de nível. No entanto, o gestor do terminal Alemoa interferiu nas avaliações dos supervisores, impedindo que estes exercessem a avaliação de acordo com seus próprios critérios. Foi observada uma curva forçada, para que os trabalhadores do turno, que detém a maior massa salarial, tivessem essa verba financeira realocada para contemplar outros setores do terminal. Essa prática anômala foi fortemente denunciada pelos trabalhadores, inclusive pelos próprios supervisores, que se sentiram pressionados a realizar avaliações fora de seus critérios usuais. Diante disso, o sindicato prontamente exigiu uma reunião com a gestão para denunciar o ocorrido.

Na reunião, ocorrida na última sexta-feira (14), a devolutiva da empresa foi que todos os procedimentos foram seguidos e que não houve desvio da finalidade do processo de avaliação. Essa afirmação é facilmente refutada, considerando que os próprios supervisores denunciaram aos trabalhadores que muitos deles não foram contemplados devido à interferência do gerente de produção do terminal. Não aceitaremos essa situação, e estamos buscando todas as instâncias na empresa para que o processo seja revisado pela gestão.

É importante ressaltar que os trabalhadores precisam manter-se atentos e organizados para os próximos passos e, se necessário, mobilizarem-se contra a atual gestão, que continua alinhada a conceitos ultrapassados e com um pensamento alienado em relação à nova política da Petrobrás e da Transpetro, que no discurso é favorável aos trabalhadores. Além disso, é essencial destacar a interferência na autonomia dos gestores para avaliar seus grupos.