Tebar enfrenta problemas por redução de efetivo, falta de isonomia e degradação das instalações

Só problema

O Terminal Aquaviário Almirante Barroso (Tebar) tem enfrentado uma série de desafios que afetam diretamente seus trabalhadores e levantam preocupações sobre a segurança no ambiente de trabalho. Diversas questões têm sido levantadas, desde a dificuldade na marcação de férias pelos funcionários cedidos até problemas relacionados à participação dos representantes da CIPA nas investigações de acidentes. Além disso, há o problema de falta de verificação adequada nas áreas de trabalho devido a redução do efetivo, pagamento incorreto de horas extras e degradação das instalações. 

O sindicato tem atuado para resolver esses problemas, apontando possíveis soluções e cobrando da nova gestão da Petrobrás que cumpra o compromisso assumido com os trabalhadores, de valorização da mão de obra e investimento em melhorias e ampliação das atividades da empresa. 

Cedidos na Transpetro não conseguem marcar suas férias
O procedimento para marcar férias muda a todo o momento na Transpetro, a ponto dos empregados cedidos não conseguirem se localizar no sistema para agendar suas datas. As férias eram marcadas por meio do “Botão de Serviços”, depois mudou para o sistema SAP. Logo depois mudou para o “Click”. Em pouco tempo voltou pro “Botão de serviços”, depois para o sistema SAP novamente e atualmente as férias são marcadas pelo “Conecte Now”. Estamos cobrando uma definição dessa situação ao RH, mas ainda não recebemos resposta.   

Abono complementação da PLR 2022
A separação de empresas no sistema Petrobrás só prejudica o país e os trabalhadores petroleiros, que são tratados de maneira desigual. Enquanto os empregados da Transpetro receberam o Abono Complementação da PLR 2022 no final de junho, a previsão para que os cedidos na Transpetro recebam sua parte é somente em 29 de julho, mais de 30 dias após aprovação da categoria em assembleia. 

Serviços de verificação da área pela operação com quadro reduzido
A redução da operação no Tebar chegou a um ponto crítico, em que a qualquer momento o pior não poderá ser evitado. Mas ao invés da redução do quadro alarmar a segurança da empresa, a total ausência de operadores em tempo integral em alguns postos de trabalho na unidade é tratada com normalidade pela gestão do terminal. Além disso, é comum não ter trabalhadores para realizar atividades corriqueiras do dia a dia e inclusive faltam empregados para suprir eventuais ausências de operadores. 

Até mesmo a verificação na área, que era feita mais de uma vez durante o dia, por orientação da empresa, passou a ser feita apenas uma vez por dia. 
Isso demonstra que o foco da gestão não é a segurança da planta, das pessoas, da comunidade e meio ambiente. Até quando vamos aceitar essa situação? O sindicato tem atuado para que a empresa faça a reposição do efetivo, cobrando contratação por meio de concursos. 

Hora Extra paga a menos
A redução do quadro de trabalhadores fez disparar a quantidade de horas extras e aumentar a os prejuízos ao trabalhador*. Quando convocados fora de sua jornada, os trabalhadores recebem apenas 75% de acréscimo nas horas extras, quando o correto seria 100%, conforme nosso acordo coletivo. Já não basta o trabalhador que está de folga ser chamado para resolver prontamente um problema criado pela empresa, ainda receber menos do que deveria, é um absurdo.

Membros eleitos da Cipa são excluídos das investigações de acidentes
Nos últimos anos, têm ocorrido problemas com a gestão dos relatórios de investigação de acidentes na Transpetro. Um dos principais pontos de preocupação é que a coordenação das investigações de acidentes não agenda as reuniões com os horários disponíveis dos representantes da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), que frequentemente trabalham em TIR (Turno Ininterrupto de Revezamento) e necessitam de flexibilidade para participar desses encontros.

É importante ressaltar que a participação dos representantes da CIPA é fundamental para garantir uma abordagem abrangente e colaborativa na prevenção de acidentes e na promoção de um ambiente de trabalho seguro. No entanto, a falta de ajuste nas agendas e a inflexibilidade em relação à participação dos membros da CIPA têm sido frequentes.

Diante dessa situação, o Sindicato manifesta sua insatisfação e afirma que não aceitará mais esse tipo de procedimento na Transpetro. É essencial que sejam adotadas medidas para solucionar esse problema e garantir a integração efetiva dos representantes da CIPA nas reuniões de investigação de acidentes. Essas medidas podem incluir o agendamento de reuniões em horários compatíveis com o trabalho dos membros eleitos da CIPA, bem como a flexibilização de horários ou outras formas de garantir sua participação. 

A Transpetro deve reconhecer a importância da participação da CIPA e tomar as medidas necessárias para garantir que os representantes da comissão possam contribuir efetivamente nas investigações de acidentes. Além disso, é fundamental promover uma cultura de segurança no ambiente de trabalho, valorizando a prevenção de acidentes e a promovendo a participação ativa dos funcionários na identificação de riscos e implementação de medidas de segurança adequadas.

Prédios e salas em estado de degradação
No Tebar há salas totalmente destruídas pela falta de manutenção, que estão desmoronando devido a exposição da ação da natureza. Além disso, há em outras salas portas de emergência que sequer funcionam. 

Um exemplo é o andar superior do prédio da agência, que está totalmente destruído, parecendo um cenário de guerra, um total desleixo da gestão do terminal com o patrimônio da empresa. Pelos corredores da área administrativa é possível ver aparelhos de ar condicionado muito velhos, caindo das paredes, com estruturas de madeira apodrecidas, muitos outros problemas. 

E apesar da mudança de governo, segue no comando da empresa uma administração que gera lucro com a degradação do patrimônio do povo brasileiro. Basta de bilhões para os acionistas, em detrimento da saúde e segurança dos trabalhadores!