Cadê o prejuízo?
A Petrobrás registrou o 3º maior lucro líquido no 1º semestre de 2023 entre as principais petroleiras do mundo. A companhia brasileira lucrou US$ 13,17 bilhões no período. Ficou atrás apenas da saudita Saudi Aramco (US$ 61,96 bilhões) e da norte-americana Exxon Mobil (US$ 19,31 bilhões).
Completam o top 5 das empresas mais lucrativas do setor a norte-americana Chevron (US$ 12,6 bilhões) e a britânica Shell (US$ 11,9 bilhões). Ao considerar a proporção do lucro sobre a receita, a Petrobras fica na 2ª colocação, novamente abaixo da Saudi Aramco.
Em comparação com os primeiros 6 meses de 2022, o lucro da estatal caiu 32,9%. No ano passado, a Petrobras reportou um lucro de US$ 19,6 bilhões no período.
A diretoria da Petrobrás foi criticada ao divulgar em seu balanço financeiro do 2º trimestre uma queda de 47% nos lucros ante o mesmo período de 2022 (que foi recorde para o período). Parte das críticas foram em função deste ter sido o 1º balanço com reflexos da nova política de preços da estatal, iniciada em março. O saldo no 2º trimestre de 2023, no entanto, foi o 3º maior para o período da história da empresa.
O presidente da companhia, Jean Paul Prates, negou que a queda na lucratividade esteja relacionada com a mudança nos preços praticados pela estatal.
Na coletiva de apresentação dos resultados, Prates disse que a queda nos lucros foi motivada por um contexto global de queda do preço do barril do petróleo e das margens de vendas de combustíveis, em especial do diesel.
Prates argumentou que apesar de tudo, a Petrobrás teve um resultado superior à média do setor petrolífero e declarou que a diretoria não está sendo leniente com a nova política de preços que desvinculou a empresa do PPI (Preço de Paridade de Importação).
“Mesmo dentro de uma circunstancia diferente, é como se a gente tivesse numa piscina cheia e de repente ficasse meia piscina e a gente tivesse que nadar no mesmo ambiente, nós desempenhamos melhor do que a média das nossas co-irmãs”, afirmou Prates na coletiva.
Fonte: poder 360