Petroleiros contratados da SDS entram em greve e movimento escancara, mais uma vez, politica de contratação

Tebar

A Diretoria do Sindipetro-LP esteve na manhã desta sexta-feira (18) no Terminal Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião, juntamente com os representantes do Sindicato dos Metalúrgicos, prestando apoio aos trabalhadores da empresa SDS que entraram em greve devido ao atraso no pagamento dos salários por 14 dias. O Sindipetro já denunciou reiteradamente a política de contratação em todo o Sistema Petrobrás.

Desde 2016 a lei da terceirização e a reforma trabalhista, orquestrada por Michel Temer, vêm balizando as contratações. Com a lei da terceirização, a responsabilidade das empresas contratantes diminuiu, deixando os trabalhadores à própria sorte, com salários reduzidos, muitas vezes com pagamentos atrasados, quando não, demitidos sem qualquer vislumbre de receberem seus direitos, prejudicados por empresa que declaram falência para não ter que pagar os trabalhadores.

É inadmissível que os gestores da Petrobrás continuem fechando contratos com empresas desse “naipe” e sem lastro financeiro que não consegue pagar os salários em dia e benefícios de quem realmente produz. A situação dos petroleiros contratados está de mau pior em todo o sistema Petrobrás. A estrutura atual de contratação não é adequada para lidar com empresas do porte da Transpetro e da Petrobrás.

Nosso entendimento é de que todos esses problemas são única e exclusivamente de responsabilidade da gestão da Petrobrás que só visa pegar o menor valor nas licitações sem se preocupar com o histórico da conduta da empresa contratada. A Administração da Petrobrás prefere o lucro a qualquer custo, do que prezar pela manutenção dos empregos e dignidade dos trabalhadores contratados pelas empreiteiras.

Existe uma nova minuta de contrato elaborada padrão que busca proporcionar garantias mínimas aos trabalhadores, incluindo a exigência de caução para garantir o pagamento e a responsabilidade pela execução do contrato. Além disso, é imperativo que a terceirizada  assumir o contrato deve manter a mão de obra contratada.

O Sindipetro é contrário a terceirização dos serviços da empresa e defende a abertura de novos concursos, mas entende que os trabalhadores das gatas não devem “pagar o pato” pela má gestão da empresa.