Apesar de avanços, Dia Internacional da Igualdade Feminina ainda é marcado por muita luta e desigualdade

26 de agosto

O Dia Internacional da Igualdade Feminina, celebrado em 26 de agosto, representa um lembrete crucial da luta contínua pela igualdade de gênero em todo o mundo. É um momento para refletir sobre os avanços já conquistados, bem como para reconhecer as áreas onde a sociedade ainda precisa trabalhar para alcançar uma verdadeira equidade. Através de conscientização, advocacia e esforços conjuntos, é possível aspirar a um futuro no qual  todas as pessoas, independentemente do gênero, possam desfrutar de oportunidades iguais e viver livres do medo da violência de gênero.

Um estudo atualizado conduzido pelo Fórum Econômico Mundial em 2023 revelou que, mesmo com algum progresso, ainda são necessários cerca de 90 anos para alcançar a igualdade de gênero no ambiente de trabalho. Esse prazo foi ligeiramente reduzido em relação a anos anteriores, porém, o impacto da pandemia de Covid-19 ainda é sentido, tendo contribuído para atrasos significativos. O Brasil ocupa a 78ª posição na classificação de igualdade de oportunidades econômicas e o 99º lugar em termos de empoderamento político entre os países avaliados. No entanto, desafios substanciais permanecem evidentes.

Brasil
Em um marco significativo para a promoção da igualdade de gênero no ambiente de trabalho, o governo Lula sancionou uma lei histórica. A nova lei busca combater essa disparidade por meio de várias estratégias. Ao abordar a desigualdade salarial de gênero de maneira abrangente e sistemática, ela envia uma mensagem clara de que o Brasil está comprometido em garantir oportunidades iguais para todos, independentemente do gênero.

Em primeiro lugar, ela exige que as empresas conduzam uma análise detalhada das suas estruturas salariais, identificando quaisquer discrepâncias baseadas no gênero. Além disso, a lei estabelece diretrizes claras para a definição de critérios de remuneração, garantindo que as diferenças salariais sejam justificadas por mérito e responsabilidades, em vez de gênero.

Outro aspecto crucial da lei é a transparência. As empresas agora são obrigadas a divulgar informações sobre as faixas salariais e os cargos ocupados por homens e mulheres. Isso não apenas promove a prestação de contas, mas também incentiva uma cultura de igualdade dentro das organizações.

Além das medidas voltadas para as empresas, a lei também inclui a criação de programas de conscientização e educação sobre igualdade de gênero no ambiente de trabalho. Isso visa não apenas abordar as questões salariais, mas também promover um ambiente onde todas as formas de discriminação de gênero sejam desafiadas e superadas.

Mesmo com a promulgação dessa importante lei, o Brasil ainda enfrenta desafios significativos no que se refere à equidade de gênero. Dados atualizados até 2023 revelam uma realidade complexa e persistente em relação à segurança e igualdade de gênero no país.

Outro ponto crítico é o contínuo aumento dos casos de feminicídio. A cada 6 horas, em média, uma mulher perde a vida vítima desse crime hediondo no país. Esse dado sombrio ressalta a necessidade de uma abordagem multidimensional para erradicar a cultura de violência de gênero e garantir a segurança das mulheres.

Apesar dos avanços conquistados com a nova legislação que visa igualdade salarial, é essencial reconhecer que a luta pela igualdade de gênero abrange uma gama mais ampla de questões. Além de promover salários justos para mulheres, é fundamental implementar políticas e programas que enfrentem diretamente a violência, o assédio e a discriminação de gênero em todos os níveis da sociedade.