GT AMS: FNP, FUP e Conttmaf criticaram a gestão da APS pleiteiam fim das eleições e novo modelo de gestão

Saúde em jogo

No primeiro encontro do novo GT, FNP, FUP e Conttmaf criticaram a gestão da APS e reivindicaram novo modelo de gestão do plano de saúde

No dia 31 de agosto a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários e Aéreos na Pesca e nos Portos (Conttmaf-Marítimos) se reuniram com a gerência de Recursos Humanos da Petrobrás, no primeiro encontro do GT AMS, que busca solucionar os gargalos da Assistência Multidisciplinar de Saúde.

De pronto, os dirigentes sindicais repudiaram com veemência a continuidade das eleições para os conselhos da Associação Petrobrás de Saúde (APS) e pleitearam a interrupção do pleito, uma vez que a formação deste GT visa discutir propriamente a estrutura da AMS e o seu modelo de gestão.

“Ou seja, se a gestão do plano vai se dar pelo RH ou pela Associação. Se for pela Associação, como vai ser esse estatuto? Como serão as eleições? Como será a participação dos trabalhadores na gestão?”, explica Adaedson Costa, secretário-geral da FNP.

Em sua apresentação, os representantes da Petrobrás tentaram endossar melhorias no estatuto APS, mas os diretores das entidades presentes rebateram imediatamente. “O que antecede essa discussão é se o modelo de gestão será através do RH ou não”, reiterou Adaedson.

Os vícios de ilegalidade na fundação da APS – criada ao final de 2020 por Cláudio da Costa, ex-gerente executivo de Recursos Humanos da Petrobrás, investigado pelo Ministério Público Federal e  pelo Tribunal de Contas da União – também foram destacados pelos assessores jurídicos da FNP e da FUP.

A APS é uma associação privada, que passou a gerir a AMS desde abril de 2021. Já a AMS é o quarto maior plano de autogestão do país, com mais de 240 mil beneficiários e tem uma carteira avaliada em cerca de R$ 2,7 bilhões anuais.

Ainda na reunião do GT, as entidades sindicais criticaram a companhia pela terceirização da gestão da AMS, assumindo apenas a condição de patrocinadora, não mais de mantenedora do plano de saúde, e assim se isentando da responsabilidade com os beneficiários.

Próximos passos

O GT AMS terá duração de 30 dias, com reuniões semanais todas as quintas-feiras.

No entanto, na próxima semana, em decorrência do feriado da Independência do Brasil, o encontro do grupo de trabalho será na quarta-feira (06/09), às 14 horas.

“Acompanhe o site da FNP, acompanhe as nossas informações e fique atento. O nosso plano de saúde é um direito”, conclui Adaedson Costa.

Fonte: FNP