Primeira proposta da Petrobrás para o ACT dos petroleiros aumenta chance de endividamento dos assistidos

Merecemos mais!

A primeira proposta da Petrobrás, apresentada para as federações de petroleiros no dia 12 de setembro, ficou muito aquém do que esperávamos. Na proposta, a empresa passa a margem consignável para 13%, porém, tirando o Grande Risco dessa conta e cobrando o saldo devedor em boleto. Pela “proposta” da empresa, após a cobrança, em caso de inadimplência por 60 dias, consecutivos ou não, a companhia irá suspender a AMS do devedor e depois do prazo de 90 dias, se a dívida não for quitada, o petroleiro/petroleira/pensionista será excluído do plano de saúde da categoria.

Da forma que está exposto no acordo oferecido pela empresa, é importante observar que essa margem não aborda adequadamente o risco significativamente maior que os aposentados enfrentam em comparação com os trabalhadores ativos. Esse aumento de risco decorre da tabela de custeio atual, que leva em consideração tanto o nível de remuneração quanto a faixa etária. A proposta feita pelos sindicatos que compõe a FNP é que a tabela de custeio seja baseada exclusivamente no nível de remuneração, a fim de melhor atender às necessidades e circunstâncias dos aposentados, que de outra forma seriam ainda mais prejudicados, uma vez que já pagam os absurdos equacionamentos da Petros, além de outros compromissos financeiros que comprometem muito de suas rendas.

Como muito bem dito pelo secretario geral da FNP e diretor do Sindipetro-LP, Adaedson Costa, durante reunião com o corporativo que fez a apresentação da proposta, “talvez a expectativa tenha sido alta demais”. De fato, a empresa sequer considerou aumentar o custeio da AMS, que em sua proposta se mantém em 60/40. Por se tratar de uma nova gestão, que assumiu a empresa com o compromisso de valorizar mais seu maior ativo, o trabalhador, esperávamos, sem ilusões, muito mais.

Porém, como também foi bem exposto na reunião com a empresa, vale lembrar, que se hoje o governo pode contar com a Petrobrás para os planos de reestruturação energética do país, foi graças à mobilização da categoria durante os últimos seis anos, que impediu o desmonte total da empresa. Graças a nossa luta, mantivemos a Petrobrás para os brasileiros e portanto, lutaremos por mais!