Sindipetro-lP cobra gestão da RPBC e de relações sindicais repatriamento de trabalhadores de bases privatizadas

Em reunião

Na última sexta-feira, dia 25, a Diretoria do Sindipetro-LP esteve reunida com os representantes do RH da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão, e da gerência de relações sindicais da Petrobrás para tratar da transferência compulsória dos trabalhadores. O encontro aconteceu após muita cobrança por parte do Sindicato, mas encerrou sem respostas conclusivas sobre o caso.

No último governo, vários trabalhadores, com suas famílias, foram transferidos compulsoriamente de suas bases, graças à sanha privatista da dupla Bolsonaro e Guedes. Com o atual governo, a conversa mudou de tom e houve a promessa de reimplantação desses petroleiros. Diante dessa promessa o sindicato tem pressionado a empresa para que acelere o processo o quanto antes, pois muitos trabalhadores contam com essa mudança.
Soluções propostas até aqui não são satisfatórias

No prédio do Pituba, por exemplo, após uma mobilização dos trabalhadores, a empresa apresentou um documento referente ao programa de repatriação, porém que oferecia poucas garantias para a força de trabalho. 
Assim que o Sindipetro soube da criação desse programa, entrou em contato com a gestão da empresa, exigindo planejamento e regramento, o que traria tranquilidade para que os 79 trabalhadores transferidos pudessem se inscrever no programa, garantindo assim a mudança mais à frente.

Para o sindicato o programa de repatriação proposto pela gestão da empresa pode ser aprimorado, pois ainda há espaço para negociações que incluam garantias mínimas, como a manutenção dos adicionais de regime, assistência na mudança e benefícios adicionais para os transferidos.

Os dirigentes do Sindicato exigem que a janela para transferência seja de no mínimo 18 meses. Hoje, o que ocorre é que não há planejamento, já que tudo é feito às pressas, sem uma organização financeira e sem garantia nenhuma por parte da empresa. Outro ponto que merece destaque é que, como a admissão na Petrobrás é por meio de concurso, nele deve constar a previsibilidade de funcionários alocados em outras bases, nesse caso, a RPBC, que possam passar conhecimento para os novos contratados, demonstrando que, de fato, a empresa tem a intenção de que o programa de repatriação dê certo.

Na reunião, os gestores da empresa também disseram que dos 820 empregados, admitidos no último concurso para nível médio, uma parte irá para a refinaria. Para o sindicato, para assegurar que a unidade não ficará desguarnecida, já que a área operacional está trabalhando no limite, e que existem pessoas que estão inscritas no PIDV, a gestão da RPBC deveria solicitar no mínimo 150 operadores para repor esse efetivo. Para resolver todos os problemas expostos, é necessário empenho e transparência em todo o processo. 

Na reunião, a empresa afirmou que iria utilizar o artifício da mobilidade lateral através do programa PCR. O Sindicato ressaltou que a empresa pode fazer uso desse recurso, contanto que garanta a reposição das posições que serão desocupadas para compor a operação. 

A Diretoria do Sindipetro sugere que, ao utilizar a mobilidade dos trabalhadores para a operação, isso seja feito com base em concursos internos, a fim de preservar tanto aqueles que foram colocados no cargo, para que não se sintam constrangidos, quanto aqueles que foram preteridos. O Sindicato também enfatizou que as vagas remanescentes da mobilidade, seja da manutenção ou do compartilhado para a operação, precisam ser preenchidas. Afinal, somos completamente contrários à terceirização.

Por fim, a diretoria do sindicato espera que uma nova reunião seja realizada nos próximos 15 dias, com as respostas efetivas sobre o programa e quantos trabalhadores estarão sendo alocados para a refinaria para, de fato, tranquilizar a força de trabalho. 

O Sindicato está aberto à negociação, mas deixou claro em mesa que não abrirá mão de mobilizar a categoria para mostrar que queremos soluções de fato e que não estamos para brincadeira!