Mais um para a conta
Mais uma vez, o gestor da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA) em Caraguatatuba demonstrou o quanto não se importa com a força de trabalho. Pela primeira vez na história da unidade, os trabalhadores ficaram sem uma refeição decente no dia do aniversário de 70 anos da Petrobrás. O que é praxe nas unidades operacionais é que sempre são servidas refeições diferenciadas, mas o cardápio do dia, apesar de saboroso, foi bastante comum. Isso causou um clima de espanto e decepção.
A única coisa que remeteu à data foi um bolo prestígio que foi servido, e isso acabou soando como uma piada pronta, já que todos se sentiram desprestigiados por não terem recebido alimentos semelhantes aos servidos em outras unidades.
A conduta do gerente apenas demonstrou, mais uma vez, que os trabalhadores e trabalhadoras da UTGCA não são, nem de longe, o tão apregoado bem mais valioso da empresa. Ele esquece que graças a eles no mês de julho a unidade alcançou um novo recorde. A planta registrou a mais alta proporção diária de processamento na camada do pré-sal, atingindo um impressionante índice de 73%.
Em contrapartida, o que ele oferece como reconhecimento é esse tipo de postura: um ambiente tóxico onde o assédio moral, a insegurança e as questões de SMS são negligenciadas tornaram-se parte da rotina de trabalho.
O que resta à força de trabalho é que haja uma mudança na gestão, e com ela, venha o reconhecimento do orgulho de fazerem parte da Petrobrás que coloca em prática o que prega (Liderança pelo Exemplo/Conformidade Legal/Código de Ética/Fatores Humanos/Saúde Mental, etc), quem sabe assim volte a servir refeições à altura dessa postura, e a unidade se torne um lugar melhor para trabalhar.