ACT: Sindipetro-LP convoca categoria para rejeitar contraproposta

de 15 a 17 de outubro

A Diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista convoca a categoria para participar das assembleias para deliberar sobre a segunda contraproposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) feita pelos gestores da empresa. As assembleias têm início nas unidades operacionais e offshore, para os trabalhadores e trabalhadoras de turno, no dia 15 de outubro e prosseguem até o dia 17 de outubro. Na sede, em Santos, e na subsede, em São Sebastião, o pleito acontece no dia 17 de outubro (terça-feira) às 17h30, em primeira chamada, e às 18h, em segunda chamada.

O indicativo do Sindicato, da Federação Nacional dos Petroleiros e da Federação Única dos Petroleiros é de rejeição! Mais uma vez, os gestores apresentaram uma proposta pífia, que está aquém das necessidades e anseios da categoria petroleira.

A nossa rejeição nas assembleias e indignação em mesa já deixou evidente que não vamos aceitar apenas o índice da inflação com 1% de aumento real, tampouco, concordamos com a proposta da Companhia em não atender a nossa pauta de reivindicações e retroceder cláusulas em nosso Acordo Coletivo de Trabalho. Manter a relação 60×40 de custeio da AMS  que penaliza especialmente os aposentados e pensionistas, não avançar no teletrabalho e suprimir a interjornada é uma verdadeira afronta.

Um dos lemas desta campanha salarial é a nossa valorização mediante um reajuste digno no salário básico que caminhe em direção à reposição das perdas de quase 20 anos. Petroleiros da ativa, aposentados e pensionistas estão há anos sem aumento real no salário básico.

O contraste entre os lucros recordes e a produção em alta e os nossos salários é chocante. É hora de acabar com essa negligência. Tanto o Governo Federal quanto os grandes acionistas precisam entender que esses lucros bilionários são possíveis graças ao esforço diário de milhares de petroleiros, tanto os próprios quanto os contratados, que se arriscam em unidades sucateadas e com quadros reduzidos para que esses resultados extraordinários se concretizem.

Não podemos esquecer também que em abril deste ano foi feito um reajuste salarial de 9% para todos do Conselho de Administração e o salário de Jean Paul Prates passou de R$ 116 mil para R$ 126 mil. É fundamental que esses mesmos gestores reconheçam o papel crucial dos trabalhadores nesse sucesso e garantam que sejam justamente recompensados pelo seu trabalho. O tratamento deveria ser igual para todos porque sem nós, petroleiras e petroleiros, esses números e salários vultuosos não seriam possíveis.

Durante as negociações, a FNP e seus sindicatos voltaram a colocar em mesa as principais reivindicações da categoria, aprovadas nas assembleias e congressos realizados pelos sindipetros. Isso inclui a retomada de direitos, AMS  70x30, a reconstrução da Petrobrás, PCAC, entre outros pontos importantes.

Nesta toada, a única alternativa que nos resta para derrotar qualquer tipo de inanição por parte da empresa seja a deflagração de uma greve por tempo indeterminado. É notório que os petroleiros de todo o país estão aguardando o comando para o início de um movimento paredista. A indignação com a última proposta do ACT, rejeitada massivamente, e com o atual momento da empresa é alta e isto motiva a categoria a ir para a luta.

Prorrogação do ACT
Atualmente, enfrentamos outra batalha em mesa de negociação - incerteza devido à impossibilidade de contar com prorrogação do ACT. Já enfrentamos esse tipo de chantagem no passado, e é crucial que, neste acordo coletivo, onde as negociações acordadas têm precedência sobre a legislação, a categoria petroleira assegure que a extensão do acordo seja limitada até a assinatura de um novo ACT, colocando um fim definitivo a essa prática que já foi utilizada em administrações anteriores para forçar a categoria a assinar acordos rebaixados com medo de perder direitos.