Petroleiros do Litoral Paulista participam de mobilização nacional por avanços no acordo coletivo

Na luta!

Desde o último dia 27 de outubro que os petroleiros das bases do Litoral Paulista participam ativamente das paralisações em defesa e retomada de direitos, por um ACT digno e pela reconstrução da Petrobrás. As mobilizações são uma resposta dos trabalhadores após recusarem a segunda proposta da Petrobrás para o acordo coletivo, e cobram avanços e são mais uma ação conjunta das federações, FNP e FUP, por um acordo coletivo que atenda as demandas da categoria, dentre elas, o aumento da participação da Petrobrás na AMS, voltando ao que era antes do governo Bolsonaro, na proporção 70/30, sendo 30, para os trabalhadores, aumento real que reponha as perdas dos últimos 6 anos e retorno do Programa Jovem Universitário.

Além disso, reivindicamos também margem consignável de 30% para 13%  para todos no pequeno risco, fim do banco de horas, hora extra troca de turno a 100%, PLR máxima e linear, auxílio deslocamento com valores não condizem com a realidade praticada no mercado e que seja pago em todas as bases do país, retorno do feriado extra turno a 100%, cláusula da ultratividade no acordo, reposição imediata de efetivo por meio da realização  de concursos públicos.

Na segunda-feira (30) os petroleiros dos terminais Transpetro de Santos (Alemoa), Cubatão (Pilões) e São Sebastião (Tebar) participaram da mobilização nacional nas bases subsidiárias da Petrobrás.

Os trabalhadores da Transpetro enfrentam ainda uma PLR diferenciada, que prejudica a categoria, que recebeu 54% do valor que esperavam, graças a jogada da gestão bolsonarista, anterior a atual, que adotou uma política de descentralização das subsidiárias, que passaram a operar de forma “autônoma”, gerenciando seus próprios subsídios e lucros, aumentando o lucro da Petrobrás para seus acionistas. A Petrobrás também aumentou em até 100% o valor de suas concessões nos terminais, nos quais a Transpetro opera.

Além da questão da PLR, a separação do Acordo Multidisciplinar de Saúde (AMS) da Transpetro em relação aos demais petroleiros é um tema preocupante. Mesmo que a subsidiária seja superavitária, ela agora é obrigada a custear 60% dos custos do AMS, pagando esse valor para a Petrobrás. Isso também tem um impacto negativo na PLR dos trabalhadores.

Na terça-feira (31) foi a vez dos trabalhadores e trabalhadoras do Edifício Administrativo da Petrobrás, no Valongo, em Santos. A mobilização aconteceu também na UTGCA, em Caraguatatuba. Na quarta-feira (1º) foi a vez dos trabalhadores das unidades e exploração e produção. A Diretoria do Sindipetro-LP esteve no aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, por onde passam os embarcados das plataformas abrangidas pelo Litoral Paulista. 

Por todos esses fatores e pelo avanço do acordo coletivo da categoria petroleira, os petroleiros e petroleiras declararam: se as negociações em mesa na avançarem, é greve!

RPBC e UTE


Terminais Transpetro

Edifícios Administrativos - Edisa - Valongo

E&PP - Aeroporto de Jacarepaguá