Com nova rodada de negociação, gestão da Petrobrás se reúne com Direção Executiva da FNP no dia 13

ACT

Acontece na próxima segunda-feira (13), no período da tarde, no Edisen, no Rio de Janeiro, mais uma rodada de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos petroleiros.

A direção do Sindipetro-LP e os dirigentes dos sindipetros, que compõem a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), estiveram reunidos na última segunda-feira (06), com os gestores de RH da Petrobrás para levar, mais uma vez, as demandas da categoria e assim buscar um ACT digno. Além disso, apresentaram o resultado das assembleias que, na prática, demonstrou que ninguém está para “brincadeira”.

A segunda proposta apresentada pela direção da companhia foi rejeitada massivamente pelos petroleiros e petroleiras que compareceram às assembleias dos sindicatos da FNP e da FUP. Todos disseram não à proposta pífia de reajuste, AMS 60 x40 e disseram sim à vontade de cruzar os braços caso a intransigência patronal continue permeando as negociações. O expressivo o número de trabalhadores insatisfeitos com as duas primeiras propostas é enorme. Diante disso, não parece existir alternativa à gestão da empresa que não seja a apresentação de uma proposta decente.

O que a direção da companhia apresentou, até o momento, como avanço é simplesmente a manutenção de direitos conquistados em lutas, em acordos anteriores, e poucas coisas que de fato recomponham o que foi perdido ao longo dos últimos seis anos. Os representantes da companhia seguem ignorando todas as reivindicações apresentadas conjuntamente pelas duas federações (FNP e FUP) que representam a categoria de norte a sul do país.

A Diretoria do Sindipetro-LP deixou claro no encontro que a AMS 70x30, ultratividade estabelecida em acordo, retorno do feriado extra turno a 100%  e Retorno do Programa Jovem Universitário que são cláusulas inegociáveis. Os gestores tem que partir disso para demonstrar que estão aptos a negociar de verdade. Nem a Diretoria e nem a categoria irá abrir mão desses direitos.

A continuidade das negociações demonstra que o jogo não está nem perto de acabar. Por isso, o indicativo segue o mesmo: rejeitar toda e qualquer proposta que não atenda nossas reivindicações.

O Sindicato dos Petroleiros orienta a categoria para que, no local de trabalho, multiplique o trabalho de conscientização com aqueles trabalhadores que ainda não se somaram à luta. O que está em jogo não é apenas o nosso acordo coletivo, mas nosso convênio médico e a dignidade de aposentados e pensionistas que estão amargando anos sem reajuste e pagando valores altos da AMS e do equacionamento da Petros.

É possível avançar, é possível vencer. Nem que isso implique em uma mobilização nacional e unificada, a empresa será obrigada a dar mais alguns passos atrás.