Carne estragada servida nos restaurantes da refinaria de Cubatão e UTE Causa Mal-estar aos trabalhadores

Cead e CCI

O Sindipetro-LP recebeu denúncias alarmantes sobre a qualidade da comida servida nos restaurantes do Cead e CCI, localizados na Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC). Carne estragada, acompanhada de mau cheiro e presença de moscas, foi servida, gerando sérias consequências para a saúde dos trabalhadores. Alguns funcionários, após consumirem a proteína contaminada, precisaram ser encaminhados à enfermaria, evidenciando negligência na fiscalização dos insumos antes do preparo.

A problemática não se restringe ao Cead; a CCI também foi afetada na semana retrasada, quando recebeu proteína estragada na segunda reposição. A recorrência do problema é inaceitável, considerando os elevados custos dos contratos e o direito básico à alimentação saudável e de qualidade, garantido pelo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e respaldado pela lei 5811.

O Sindipetro LP não tolerará qualquer forma de negligência nesse processo. A situação pode ser caracterizada como sabotagem, visando forçar os trabalhadores a se alimentarem por conta própria, refletindo uma possível intenção de setores da gestão em eximir responsabilidades legais da Petrobrás, reduzindo custos e aumentando lucros para acionistas. A frequência das ocorrências levou muitos trabalhadores a optarem por comprar alimentos fora das dependências da empresa, descontentes com a qualidade precária das refeições oferecidas.

A gravidade da situação é evidente quando se observa que o direito à alimentação adequada é assegurado legalmente, e a Petrobrás, como empresa responsável, deve zelar pelo cumprimento dessa legislação. O Sindipetro Litoral Paulista repudia veementemente a negligência na fiscalização, que coloca em risco a saúde e bem-estar dos trabalhadores.

Exigimos uma investigação minuciosa e a devida apuração dos responsáveis, não permitindo que a Petrobrás, por meio de negligência ou descaso, se exima de suas responsabilidades legais. O Sindipetro-LP denuncia há muito tempo o absurdo praticado na Transpetro e em outras áreas industriais, como a REDUC, e não tolerará que ocorra na RPBC e UTE.

Nas mesas de negociações, o Sindipetro-LP tem se empenhado em discutir e estabelecer as melhores práticas nos contratos, buscando a equiparação em relação às unidades que fornecem alimentação in natura, pleiteando que o valor do Vale Alimentação seja fixado em metade do praticado para as unidades administrativas que não possuem esse benefício. Dessa forma, promovendo uma completa isonomia em relação aos recursos financeiros.

A lei 5811 não pode ser rasgada, sendo seu cumprimento um dever da empresa. O Sindipetro Litoral Paulista reafirma seu compromisso em assegurar que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados, e que a segurança alimentar seja prioridade, não apenas nos documentos legais, mas na prática diária da empresa.