Problemas no sistema de refrigeração continuam e gestão segue colocando terminal e trabalhadores em risco

Terminal da Alemoa

No mês de julho a Diretoria do Sindipetro-LP denunciou a má gestão da equipe de manutenção do Terminal da Alemoa, em Santos. O sistema de refrigeração dos tanques refrigerados de GLP está com as bombas defeituosas há tempos e isso significa colocar a força de trabalho, a unidade e a comunidade no entorno em perigo. 

Depois do “aperto” que o Sindicato deu montaram uma força tarefa para arrumar a B100-B, alugaram duas bombas para "aliviar" o problema e empenharam “palavra” que entregariam pelo menos mais uma B100 no prazo de 60 dias. A realidade é que o que estava ruim ficou ainda pior. Nada do que foi prometido foi cumprido. 

Está tudo como dantes no quartel de Abrantes. A falta de administração continua a mesma e a incompetência permanece na gestão da unidade mesmocom a troca de governo. O terminal ficou com a B100-B rodando e com as duas bombas alugadas fazendo o apoio para em caso de necessidade serem utilizadas. Adivinha só? Ao ligar as bombas as duas “pifaram”. 

Diante dessa quebra, foi feita uma nova operação tapa buraco que vai resultar em novo problema. AB100-B voltou a rodar mesmo "condenada" e depois absolvida pela  mecânica.

A “cereja do bolo” é que para aliviar a pressão da bomba, que “está nos últimos suspiros”, o GLP vindo da Petrobrás está sendo queimado no flare e isso significa literalmente “queimar” dinheiro. O histórico de problemas com as bombas evidencia a urgência em solucionar as questões de manutenção.

É crucial que a CS estabeleça uma rotina emergencial de reabastecimento, considerando que cada bomba possui autonomia de aproximadamente 8 a 10 horas. Vale destacar que, no último uso prolongado das bombas a diesel no mês passado, um incêndio ocorreu, sendo controlado pelos brigadistas com mais de 10 extintores. A substituição da bomba danificada não foi acompanhada por nenhum trabalhador e nem teve um parecer técnico sobre a causa do evento, gerando ainda mais preocupações quanto à segurança.

A falta de informações e esclarecimentos por parte dos gestores contribui para a exposição da segurança na Alemoa, sujeitando-se a denúncias e questionamentos válidos de equipes internas e órgãos reguladores. A necessidade urgente de reconstruir a manutenção, retomar o número adequado de trabalhadores e assegurar a operação ininterrupta do Terminal são de suma importância. 

A diretoria do Sindipetro formalizou suas preocupações à alta gestão da Petrobras e Transpetro, reafirmando sua posição de intolerância em relação à situação atual. Após conceder o voto de confiança, o sindicato destaca que a alocação atual das bombas é insuficiente, uma vez que não foram realizados testes de performance de longa duração.

O sindicato propõe que a Transpetro aloque mais duas bombas, implementando um sistema de backup com duas unidades para cada sistema. Além disso, enfatiza a necessidade urgente de realizar testes de alta performance, destacando que é para esse propósito que as bombas foram alocadas. Caso contrário, argumenta que o contrato perde sua eficácia, transformando-se apenas em um paliativo semelhante a um efeito placebo. Esta medidavisa proporcionar conforto aos trabalhadores, considerando que as bombas originais não estão operacionais, apesar da presença de duas motobombas no local. No entanto, ressalta que, se necessário, essas motobombas podem não ser eficazes quando acionadas.

O Sindipetro-LP buscará uma reunião urgente com o gerente geral da unidade, com a participação da equipe corporativa da Petrobrás, a fim de resolver definitivamente o problema. Além disso, aguarda o atendimento imediato da empresa para a recuperação do sistema, assegurando a implementação de medidas paliativas eficazes até que o sistema original seja restabelecido.