Proposta de PLR é rejeitada pelos Petroleiros do Litoral Paulista que exigem retomada de negociação

Em massa

Os petroleiros e petroleiras do Litoral Paulista rejeitaram massivamente a contraproposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) feita pela gestão de Recursos Humanos (RH) da Petrobrás. A decisão foi tomada no período de 20 a 23 de janeiro, por meio de assembleias nas unidades de terra e de mar e na sede e subsede do Sindicato.

Os trabalhadores do Litoral Paulista demonstraram que estão insatisfeitos com a proposta rebaixada, considerando que a previsão de fechamento do lucro líquido em 2023 é em torno de R$ 120 bilhões. Após o fechamento do balanço anual, os acionistas receberão o montante total conquistado com o suor dos petroleiros enquanto a categoria fica a ver navios.

Conforme a previsão de lucro total de 2023, o valor a ser dividido entre os 44 mil trabalhadores do Sistema Petrobrás pode chegar a R$ 7,5 bilhões, referente a 6,25%, cuja porcentagem segue as regras da própria Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST) do Ministério da Economia. Infelizmente, o valor que a gerência quer impor aos trabalhadores é de apenas R$ 2,8 bilhões.

As outras bases da FNP seguem com assembleias, cumprindo os indicativos de rejeição e  retomada de negociação. Nesse momento, entendemos que a união faz a força, e é nesse sentido que seguimos, em busca de resultados que estejam à altura do esforço da categoria.

Vale lembrar que as bases da FNP reúnem o maior número de petroleiros ativos do país, principalmente após o processo de desmobilização do Nordeste e de outras regiões, no qual a empresa transferiu trabalhadores dessas áreas para outros estados. É fato que mais da metade dos petroleiros está reunida nas bases da FNP. Com a expansão da produção de petróleo do pré-sal e a produção em águas ultraprofundas, a base da FNP está em constante crescimento. A Federação é composta por dois sindicatos que estão no topo das maiores bases petroleiras do país em número de trabalhadores, inclusive na área do pré-sal – Rio de Janeiro e Litoral Paulista.

Os petroleiros da base do Litoral Paulista, uma das mais complexas do país, com uma refinaria de petróleo, uma termoelétrica, três terminais da Transpetro, sete plataformas, um prédio administrativo e uma unidade de tratamento e escoamento de gás do pré-sal, tomaram a decisão de rejeitar e exigir a retomada das negociações, inclusive, se necessário, com mobilização e greves. Tal medida deve servir de exemplo para as unidades petroleiras de todos país porque merecemos mais do que apenas migalhas. Seguimos na luta por uma proposta digna e linear.