24 de janeiro
24 de janeiro é o Dia Nacional dos Aposentados e Aposentadas, mas a celebração é acompanhada de questionamentos sobre o que realmente há para comemorar.
De acordo com informações do INSS, o Brasil hoje conta com R$ 38 milhões de aposentados e aposentadas. Dados da Secretaria da Previdência Social apontam que de dois em cada três aposentados recebem apenas um salário mínimo.
Um estudo conduzido em todas as capitais, em colaboração entre a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), revela que 91% dos brasileiros com mais de 60 anos contribuem financeiramente para o sustento doméstico, sendo que 52% desempenham o papel de principais responsáveis. A reforma da Previdência, caracterizada como um "pacote de maldades", introduziu alterações na forma de calcular os benefícios. Agora, a aposentadoria é calculada com base na média de contribuições ao longo da carreira, sendo que, na regra anterior à reforma, 20% dos salários mais baixos eram desconsiderados no cálculo.
Para receber o valor integral, os trabalhadores devem contribuir por 40 anos, o que na prática significa uma extensão significativa no tempo de trabalho, ultrapassando o limite da idade mínima para garantir o benefício integral.
Os petroleiros também enfrentam essa dura realidade, com benefícios defasados, anos sem aumento real, um déficit absurdo no fundo de pensão Petros, que poderia ser amenizada se a Petrobrás quitasse suas dívidas, além de um benefício farmácia ineficiente, aumento da margem consignável e um convênio médico que tem se mostrado ineficaz e com uma relação de custeio alta. Infelizmente, a realidade dos aposentados, em especial após o desgoverno (2019-2022), se deteriorou e muito.
O Dia Nacional dos Aposentados não deve ser apenas uma data de reflexão, mas também um dia de luta para impedir novos retrocessos e assegurar que a camada dos aposentados não seja a mais prejudicada entre os trabalhadores.