PRD não reconhece desempenho dos trabalhadores do chão de fábrica e beneficia apenas o alto escalão

Desigualdade

Um dos grandes obstáculos nas mesas de negociação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) do Sistema Petrobrás é o Programa Prêmio por Desempenho (PRD). A nomenclatura é nova, mas o esquema é antigo. A gestão da Petrobras resolveu dar uma roupagem nova e rebatizar o Programa de Prêmio por Performance (PPP) para tentar impor um programa de premiação que beneficia apenas o alto escalão da empresa, em detrimento dos trabalhadores.

O programa propõe um pagamento de 7,5 vezes a remuneração para os cargos de chefia, enquanto o petroleiro de chão de fábrica recebe apenas 1,5. O PRD, assim como o PPP, continua perpetuando essas distorções.

Os gestores reconhecem ainda, em mesa de negociação, que parte dos 6,25% de lucro líquido obtido pela Petrobrás que seria destinado ao pagamento da PLR será destinado ao PRD. A empresa pode usar qualquer recurso para isso, mas tira o pouco do que a categoria irá receber. Essa é uma versão institucionalizada do “Robin Hood” às avessas.

O Sindipetro-LP e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) sempre foram contrários e lutaram pelo fim do PPP, continuando nessa batalha contra o PRD.

Queremos uma PLR que reconheça os esforços dos trabalhadores nos últimos anos. A luta deve ser sempre por uma PLR máxima e igualitária, não a favor de um programa que aumenta ainda mais as distorções salariais, beneficiando apenas executivos e cargos de confiança.