Mesmo privatizado, aeroporto de Jacarepaguá apresenta problemas estruturais para receber embarcados

Privatiza que melhora

A frase privatiza que melhora é uma das maiores fake news criadas pelo empresariado. Uma das provas disso é a situação do aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Desde que a nova gestora arrematou a concessão do local, o serviço não melhorou em nada e ficou mais caro. 

O aeroporto passou por ampliação, mas os problemas continuam se repetindo. Estão sendo alocados mais voos do que o local pode comportar, seja com pista ou helicópteros, e com isso, os trabalhadores fiquem em pé por diversas horas sem bancos para proporcionar maior conforto para os que aguardam o embarque. Muitos deles acordam de madrugada após longa espera em pé, embarcam e ainda tem jornada de trabalho a cumprir a bordo

O sistema de som não é totalmente audível mesmo que os trabalhadores estejam dentro do salão principal. No local também não há painéis com informativos dos voos para as plataformas. Além disso, as tarifas de embarque aumentaram as sextas-feiras.

A Diretoria do Sindipetro-LP sabe onde essa história vai chegar. No aeroporto Dr. Antonio Ribeiro Nogueira, em Itanhaém, foi o mesmo e a Petrobrás resolveu migrar os voos para Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. O Aeroporto de Itanhaém foi privatizado pelo Governo de Estado, em 2017. O Consórcio Voa-SP ganhou a licitação para exploração dos serviços. Em abril de 2018, a empresa suspendeu os voos que ligavam à cidade até as plataformas da Petrobrás e acabou com o contrato que garantia medidas efetivas para a segurança do terminal em caso de emergência. 

A transferência das operações para o aeroporto de Jacarepaguá tinha intuito, na época, de gerar economia para a Petrobrás. Agora estamos vendo a história se repetir. Nesse momento, o debate não é sobre cifras, é sobre a vida dos seus empregados. Por isso, estamos de olho na situação do aeroporto.