na utgca
Mais um caso de negligência na Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba. Dessa vez, ocorreu no início deste mês durante a parada de manutenção. Nos três primeiros dias de trabalho foi uma verdadeira lambança que resultou em um acidente grave e vazamento de dejetos. O pior de todos os problemas foi a omissão dos gestores que esconderam os problemas “embaixo do tapete”.
No dia 05 de março, um caminhão de dejetos químicos começou a vazar e toda a operação teve que parar e aguardar a chegada de outro veículo para descarregar os produtos. O gerente de SMS não reportou a situação e agiu como se nada tivesse acontecido. A UTGCA virou celeiro de profissional assim que para manter seu score nas alturas “passa pano” para tudo.
Na noite do mesmo dia, outra ocorrência, mas dessa vez foi grave. Um gerador alugado foi ligado em um prédio do almoxarifado e isso causou problema. Todos os equipamentos do local eram 220 volts, mas o gerador instalado para alimentar era 440 volts. A voltagem diferente culminou em fios, aparelho de ar condicionado e até lâmpadas queimadas. A chefia não documentou absolutamente nada e assim fingiu que tudo funcionou normalmente.
A parada de manutenção foi “tão bem” planejada que o gerente de SMS não providenciou etiquetas amarelas e para resolver o “contratempo” imprimiu os adesivos, mas esqueceu que poderia chover. As etiquetas derreteram diante do mau tempo na região.
A coisa não para por aí. A água para hidratação dos trabalhadores contratados e próprios virou “artigo de luxo”. O líquido está em falta na unidade em pleno verão escaldante.
Os trabalhadores do GPI estão sendo obrigados a colocar nas PT´s a notificação: “em caso de descargas atmosféricas não interromper o trabalho” e isso inclui área que não é coberta pelo SPDA. Tal ordem expõe os operadores a liberar serviço sobre o risco de acidente grave ou morte e ainda assumindo a responsabilidade por algum sinistro.
A UTGCA virou “máquina de moer gente” com tantos desmandos e pouco caso com os trabalhadores. Os gestores a cada dia que passa se especializam em “instalar a lei do cão” na unidade. O Sindipetro já fez denúncias reiteradas e tentou várias vezes negociação, mas ao que tudo indica eles irão para quando acontecer uma tragédia ou um movimento paredista.