Diretoria do Sindipetro-LP, gerência de SMS da Petrobrás e Cipa se reúnem para tratar de problemas na UTGCA

Em mesa de negociação

No dia 2 de abril, a Diretoria do Sindipetro-LP esteve reunida com o gerente de SMS da UTGCA e o atual presidente da CIPA para tratar de problemas na unidade.

O primeiro ponto levantado foi sobre o preenchimento do Perfil Profissional Previdenciário (PPP). O Sindicato questionou como isso está sendo tratado, já que a Petrobrás foi condenada, judicialmente, a informar no referido documento quanto à existência de agentes nocivos no ambiente de trabalho, quando detectados, sem qualquer qualificação, quantificação ou atenuação de níveis de exposição do empregado. Com relação ao ruído, por exemplo, estavam sendo registrados os valores atenuados e não os valores medidos, contrariando a decisão judicial, em que a empresa está sendo obrigada a cumprir. Segundo o gestor, nos PPPs atuais já devem constar os valores medidos de ruído, e o agente químico benzeno, como fator qualitativo. 

Na oportunidade, foi cobrada a necessidade de sanitários no prédio K-09, conforme preconiza a NR-24, a serem utilizados pelos trabalhadores do setor de manutenção. Apesar do local já estar em pleno funcionamento e o Sindicato ter cobrado uma solução em reunião da CIPA, até o momento nada foi feito. Os dirigentes ratificaram a urgência na solução do problema.

Está também sendo construída uma área de descanso para os bombeiros, que pertencem à brigada profissional da unidade. Segundo informações prestadas pelo gerente, a previsão de término da obra é até o final do mês de abril.

Uma série de problemas relacionados à parada de manutenção também foi discutida. A água para hidratação dos trabalhadores contratados e próprios virou "artigo de luxo". O líquido gelado esteve em falta na unidade, em pleno verão escaldante.

A operação, em alguns momentos, exerceu o direito de recusa em função dos riscos de descarga atmosférica em área não protegida pelo SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas). Várias PTs (Permissões de Trabalho) estavam sendo emitidas pelo setor de planejamento (GPI) sem a previsão de interromper os trabalhos em caso de descargas atmosféricas, por ordem da gerência.

Outro incidente ocorrido em 23 de março com um técnico durante operação de movimentação de carga, foi registrado como "não categorizado", o que foi contestado de imediato pelos diretores do sindicato. No entendimento do Sindipetro, ele deveria ter sido registrado como um incidente de alto potencial, mas para a gerência o enquadramento estava correto. Diante disso, a Diretoria cobrou uma revisão desse enquadramento, já que o cabeçote de um permutador, que pesava quase uma tonelada, saiu rolando durante a movimentação com empilhadeira e a peça, por pouco, não atingiu o operador. O Sindipetro exigiu também a participação de um representante eleito da CIPA na comissão de investigação.

Os gestores e o presidente da CIPA informaram que já está em vigor um contrato de ergonomia, que já prevê a presença de um ergonomista na Unidade, profissional especializado no estudo dos ambientes e das condições de trabalho, com o objetivo de criar um cenário mais seguro e eficiente para a realização das atividades. Além disso, disseram que a obra do refeitório foi retomada. O local está sendo construído para servir petroleiros próprios e contratados, conforme preconiza a legislação vigente. Por fim, o Sindipetro cobrou acesso às atas da Cipa das empresas contratadas.