No Rio de Janeiro
Na última terça-feira (06) a Diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista, juntamente com representantes dos sindipetros que compõem a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), se reuniu com a nova Gerente Executiva de Recursos Humanos da Transpetro, Juliana Horta, para discutir questões importantes para os trabalhadores da subsidiária. Entre os temas abordados, destacou-se a necessidade urgente de reposição do efetivo, com a convocação dos aprovados no último concurso e a realização de novos processos seletivos, essenciais para garantir a segurança operacional da Transpetro, em todo os pais, atualmente comprometida pelo baixo número de trabalhadores.
No Litoral Paulista os terminais da Alemoa, em Santos, Pilões, em Cubatão, e Tebar, em São Sebastião, estão operando com os quadros reduzidos e na iminência de um acidente ampliado como o que ocorreu na Ultracargo. Os dirigentes do Litoral Paulista abordaram ainda a situação crítica no Terminal de Pilões, onde os trabalhadores renunciaram a brigada local e estão mobilizados em vias de deflagrarem greve.
Na oportunidade foi citada a conquista da manutenção do quadro de 12 técnicos de operação por turno no Terminal Aquaviário Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião. Além disso, a Transpetro deverá desembolsar R$ 1.040.000,00, que será dividido em duas partes: 80% para entidades beneficentes do município e o restante para o Sindicato, que também deverá destinar a programas de solidariedade social e de assistência judiciária para os funcionários ativos e inativos da Transpetro, em São Sebastião. A subsidiária também foi condenada a pagar R$ 300 mil por não cumprir a liminar de 2021, valor que será repassado à Irmandade da Santa Casa Coração de Jesus de São Sebastião.
A FNP também debateu a situação dos trabalhadores contratados, cobrando a implementação das promessas feitas pela gestão Sérgio Bacci, que se comprometeu a resolver problemas relacionados ao plano de saúde extensivo e ao piso salarial desses trabalhadores, questões que ainda aguardam solução. A situação do calote das “gatas” também foi exposta. É inadmissível que isso ainda ocorra em todo os Sistema Petrobrás. As empresas “quebram” e quem paga a conta são os trabalhadores.
A FNP cobrou ações efetivas da Transpetro e da Petrobrás para garantir melhores condições de trabalho e remuneração, ressaltando a importância de a subsidiária ser incorporada à holding. Segundo os representantes da Federação, essa integração é vital para a sobrevivência futura da empresa, que corre riscos se continuar sendo tratada de maneira isolada.
Outro ponto discutido foi a política de tarifas praticada pela Transpetro, que impacta diretamente no lucro da empresa e, consequentemente, na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e na renda variável dos trabalhadores. Foi destacado que, enquanto a Transpetro cobra valores competitivos de outras empresas, as tarifas cobradas da Petrobrás são quase a preço de custo, o que inviabiliza o pagamento adequado da PLR e outras despesas importantes.
Ao final da reunião foi marcada para setembro uma série de reuniões com o objetivo de dar continuidade às discussões e buscar avanços nas demandas apresentadas.
A FNP reafirmou seu compromisso com a luta pelos direitos dos trabalhadores, destacando a vitória sobre a sentença da ação de efetivo do Tebar como um exemplo da força da categoria na defesa de seus interesses.