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Após conversas com a base ao longo de um mês e uma live realizada no dia 15 de julho para discutir com os petroleiros a construção de um novo plano de cargos e salários em conjunto com a categoria, o Sindipetro-LP consolidou um documento com propostas baseadas nessas contribuições.
Este documento será apresentado no seminário que ocorrerá nos dias 23 e 24 de setembro. A plenária busca reunir sugestões e pleitos dos demais sindicatos das bases da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que também estão discutindo o tema. Após essa unificação, a federação irá compilar todas as propostas em um único documento, representando as demandas de todas as bases da FNP. Este documento será então utilizado para negociar com os representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que também está formulando suas propostas, visando a criação de um plano de cargos, carreiras e salários unificado, a ser levado à mesa de negociações.
Desde agosto, os sindicatos da FNP estão discutindo o novo plano de cargos, carreiras e salários com a Petrobrás, com foco na participação ativa de toda a categoria, garantindo transparência em todas as etapas da negociação. Nessas discussões, o RH apresentou dados específicos sobre o plano de cargos atual e sobre a Petrobrás, e há uma agenda definida para a apresentação de informações relativas às suas subsidiárias, incluindo a Transpetro e demais empresas do Sistema.
A negociação começou ainda na gestão do presidente Jean Paul Prates na Petrobrás, quando a FNP entregou uma carta de intenções questionando o plano de cargos e salários vigente, o que resultou na formação de um grupo de trabalho (GT). Este GT analisou todas as inconsistências, ilegalidades e irregularidades do PCR, que está sendo questionado judicialmente devido à sua inconstitucionalidade.
O documento elaborado pelo Sindipetro-LP, com a participação da categoria de nossas bases, busca garantir remuneração justa e competitiva, alinhada às responsabilidades e ao desenvolvimento dos trabalhadores. A proposta destaca a necessidade de atualizações constantes e uma construção colaborativa, envolvendo gestores, trabalhadores e o RH da empresa.
O texto aborda quatro eixos principais:
1 - Pilares do plano;
2 - Premissas e critérios;
3 - Mecanismos de reparação para trabalhadores prejudicados pelos planos anteriores;
4 - Necessidade de resolver conflitos relacionados a percepções, remunerações, progressão e hierarquia. A proposta também destaca a importância de uma comunicação transparente e da participação dos trabalhadores na formulação do novo plano de cargos e salários.
Desafios para a implementação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários justo na Petrobrás
No documento elaborado pelo Sindipetro-LP, o sindicato apresenta uma série de desafios que deverão ser enfrentados para a implementação de um novo plano de cargos e salários na Petrobrás. Dentre eles, são os principais: conflitos de remuneração, falta de clareza, caminhos de carreira obscuros, comunicação e transparência e expectativas desalinhadas.
Para que o novo plano de cargos e salários seja bem-sucedido, é imprescindível que se estabeleçam critérios claros, se promova a comunicação eficiente e se leve em consideração as percepções e necessidades dos trabalhadores durante todo o processo de implementação.
Pela proposta do Sindipetro-LP, serão implementados vários mecanismos de reparação para beneficiar os trabalhadores afetados pela migração entre os planos de cargos. Entre os principais mecanismos propostos estão a Inclusão de Mecanismos de Reparação, Pagamento de Abono, Aceleração de Níveis e Garantia de Promoções.
Esses mecanismos tentam corrigir as injustiças e desigualdades criadas pela migração entre os planos e garantir que todos os trabalhadores se sintam valorizados e respeitados.
Para além de todas essas medidas, é fundamental que a categoria petroleira esteja alinhada a seus sindicatos e participe das discussões e mobilizações que poderão ocorrer ao longo do processo.
Assim como em lutas passadas, somente avançaremos nessas pautas unidos e mobilizados!
