Campanha
O mês de outubro chegou, marcando o início da Campanha Outubro Rosa 2024, um movimento global que alerta sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e, mais recentemente, do câncer do colo do útero. A ação, que mobiliza instituições de saúde, governos e a sociedade, busca conscientizar as mulheres sobre os cuidados preventivos.
O movimento Outubro Rosa começou em 1990, em Nova York, durante a primeira Corrida pela Cura, organizada pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. O laço cor-de-rosa, que se tornou símbolo da campanha, foi distribuído aos participantes do evento para conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e arrecadar fundos para pesquisas. No Brasil, o movimento ganhou força a partir de 2002, com a iluminação em rosa de monumentos como o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo. Desde então, o Outubro Rosa se tornou uma campanha tradicional em todo o país, com atividades de conscientização, iluminação de espaços públicos, ações educativas e exames preventivos. A iniciativa visa não apenas a prevenção, mas também a quebra do estigma em torno do câncer de mama, incentivando as mulheres a buscarem informação e cuidados com a saúde.
Dados da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) publicados em 2024 revelam que o câncer de mama continua sendo o tipo de câncer mais diagnosticado no mundo, com um aumento significativo nos casos. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que mais de 74 mil novos casos serão diagnosticados este ano, superando as previsões anteriores. Essa taxa representa, em média, 50 casos para cada 100 mil mulheres. O câncer de mama permanece como a principal causa de morte por câncer entre mulheres em todas as regiões do país.
A faixa etária mais afetada continua sendo mulheres a partir dos 50 anos, mas há um aumento de diagnósticos em mulheres mais jovens, o que reforça a importância do autoexame e da mamografia regular. A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a mamografia anual a partir dos 40 anos para mulheres assintomáticas e a partir dos 30 anos para aquelas com histórico familiar da doença. O Ministério da Saúde mantém a indicação de mamografias bienais para mulheres entre 50 e 69 anos.
Apesar do avanço nos tratamentos, o diagnóstico precoce é crucial para a cura. Estudos recentes reforçam que a taxa de cura pode chegar a 95% quando a doença é detectada em estágio inicial. É essencial que as mulheres estejam atentas aos sinais do seu corpo e façam exames regulares, mesmo após a menopausa. Adotar hábitos saudáveis, como praticar atividades físicas, manter uma dieta equilibrada e evitar o tabagismo, pode reduzir o risco em até 30%.
Com informações da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), Instituto Nacional de Câncer (INCA), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Sociedade Brasileira de Mastologia.