modelo praticado na Reduc
O tema da alimentação nas bases operacionais do Sistema Petrobrás tem gerado muita insatisfação, tanto pela baixa qualidade e variedade dos alimentos oferecidos quanto pela falta de isonomia entre os trabalhadores, já que existem quatro modelos distintos de alimentação aplicados no país.
Diante desse impasse, com base em um estudo sobre a alimentação na RPBC, encomendado pelo Sindipetro-LP ao Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), o sindicato propôs um modelo híbrido de alimentação, que combina o fornecimento de vale-alimentação para compras em supermercados com a manutenção de refeições servidas nos refeitórios das unidades. O estudo fundamenta a necessidade de se cumprir a Lei nº 5.811, que garante alimentação in natura para trabalhadores em regime de turno ininterrupto de revezamento.
Com esse estudo entregue em reuniões com gestores da empresa, o sindicato cobrou mudanças e a Petrobrás anunciou a intenção de apresentar uma nova proposta baseada no modelo adotado na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), com o objetivo de uniformizar a alimentação. Os trabalhadores da Reduc recebem vale, mas o refeitório não foi fechado, e assim, por ora, os trabalhadores contratados também têm a possibilidade de se alimentar no local. No entanto, os que optarem por comer no local pagam a refeição, que custa em torno de R$ 55.
De acordo com a empresa, essa proposta será apresentada e votada por toda categoria em assembleia assim que os contratos atuais das fornecedoras de alimento forem expirando.
Para o Sindipetro, é importante que qualquer mudança que ocorra com relação a alimentação dos trabalhadores e trabalhadoras, tanto próprio quanto contratados garanta uma alimentação saudável e acessível a todos, não onerando os que recebem menos.
A luta contra a privatização da Petrobrás, que conseguiu frear a sanha privatista do governo Bolsonaro, contou com a participação fundamental desses petroleiros e petroleiras. Assim, a defesa de uma alimentação digna para todos, a garantia dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras contratados e a valorização desses profissionais estão diretamente ligadas à proteção da Petrobrás e de seu papel estratégico.