Jacarepaguá
Desde o dia 1º de novembro, petroleiros e petroleiras das plataformas que utilizam o aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, enfrentaram uma situação crítica que poderia ter sido evitada com um planejamento mais eficiente. A recente privatização do aeroporto trouxe mudanças na estrutura, incluindo o reposicionamento das áreas de espera dos voos da Azul, mas com consequências adversas: calor intenso e ruído constante da turbina do condensador de ar condicionado.
Esses problemas foram desencadeados após a mudança da área de espera, que alterou também o layout do saguão. A única lanchonete do local foi retirada, e os condensadores dos aparelhos de ar condicionado foram reposicionados de maneira inadequada. Ao invés de serem instalados próximos às evaporadoras, os condensadores ficaram a uma distância maior, gerando um vazamento de gás refrigerante e paralisando o sistema de ar condicionado por uma semana inteira, até que finalmente foram religados na última sexta-feira (08).
Durante esses dias, trabalhadores e trabalhadoras ficaram expostos a uma condição desconfortável, agravada pelo calor da cidade e pelo barulho dos equipamentos. Apesar de o impacto causado pela aglomeração de pessoas ter sido minimizado pela pontualidade dos voos, a falta de ar condicionado comprometeu severamente o bem-estar dos passageiros e funcionários que circulam pelo aeroporto. Essa situação lança luz sobre as questões de gestão e manutenção que emergiram com a privatização do aeroporto, um processo iniciado no governo anterior.
Esse episódio levanta preocupações sobre a qualidade dos serviços oferecidos no local e evidencia a necessidade de um planejamento mais robusto para evitar transtornos àqueles que dependem de condições mínimas de conforto e segurança. A administração de espaços como aeroportos, especialmente em cidades com altas temperaturas, deve priorizar o conforto dos usuários e garantir que falhas técnicas sejam rapidamente solucionadas para evitar situações críticas como esta.