Diretoria do Sindipetro-LP se reúne com a gerência da UTGCA e cobra reposição urgente do efetivo operacional

Respostas

A Diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista se reuniu na última quinta-feira (14) com a gerência da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA),em Caraguatatuba, incluindo o gerente do ativo, da operação e representantes do RH. O encontro teve início com o Sindipetro-LP cobrando respostas sobre pendências na unidade, especialmente em relação ao efetivo operacional.

Os diretores do Sindipetro-LP apresentaram o resultado do questionário que foi respondido pelos operadores, com o objetivo de embasar as negociações com a gerência sobre a necessidade de reposição de pessoal, alinhando a realidade atual da planta. O objetivo da pesquisa foi demonstrar a insatisfação geral das equipes com a situação atual da unidade.

 A enquete retrata que quase 90% dos operadores enfrentam adaptações em sua rotina de trabalho e que somente 5,5% acham que a segurança é boa nas adaptações impostas para a continuidade operacional, sendo que mais de 70% já conviveram com uma condição atípica durante o seu turno de trabalho.

Outra queixa recorrente dos técnicos de operação é referente à constante substituição dos postos de trabalho. Cerca de 84% desses trabalhadores se sentem sobrecarregados quando os supervisores e coordenadores assumem tarefas de rotina operacional no lugar dos titulares (área e painel). Além disso, 78% dos operadores sofrem com alto nível de estresse antes da sua jornada de trabalho, o que é um dado extremamente preocupante. Em torno de 65% dos que responderam à pesquisa não estão satisfeitos com o trabalho e cogitam a possibilidade de pedir uma transferência para outra unidade.

Não bastasse tudo isso, alguns colegas ainda são obrigados a conciliar cursos e treinamentos com a sua rotina operacional. Em mais de 86% das respostas, os operadores foram cobrados pela sua chefia imediata referente ao seu TLT (Treinamento no Local de Trabalho). "São dados alarmantes, pois demonstram que a frente operacional da UTGCA está sobrecarregada de tarefas. Não é fácil ter que dividir a atenção, constantemente, o tempo todo. Isso, sem dúvidas, acaba interferindo na ambiência e na sensação de segurança dentro da área operacional.", afirma o diretor Eduardo Lara.

Os diretores foram enfáticos também na necessidade de contratação de novos técnicos de operação via concurso público. "Existe uma janela aberta, uma porteira...a UTGCA precisa aproveitar esse momento para requisitar novas vagas pra operação.", afirma o diretor Tiago Nicolini.

Por fim, a diretoria firmou o compromisso de apresentar um documento detalhando sobre a necessidade de reposição urgente do efetivo operacional, a fim de pressionar  a gerência a rever o seu entendimento de que o quadro está adequado. A ideia é avançarmos na discussão de um quadro mínimo de operadores na unidade.  O Sindipetro-LP reforçará nesse documento a importância de um ambiente de trabalho seguro, preservando-se a saúde e a dignidade dos trabalhadores. Sem luta, não teremos êxito.