Instituto Patrícia Galvão
O estudo revela que, após serem ameaçadas, seis em cada dez mulheres decidiram romper com o agressor. Essa decisão é mais comum entre as vítimas negras do que entre as brancas. A pesquisa também aponta que, embora 44% das vítimas tenham ficado com muito medo, apenas 30% registraram queixa na polícia e 17% pediram medida protetiva.
Outro dado alarmante é que duas em cada três mulheres acreditam que os agressores permanecem impunes. A percepção de impunidade contribui para o aumento dos casos de feminicídio, conforme apontado pela maioria das participantes da pesquisa. Para 60% das brasileiras, é necessário que haja maior rigor da Justiça e das autoridades policiais no combate à violência contra as mulheres.
Uma história emblemática é a de Zilma Dias, que perdeu uma sobrinha vítima de feminicídio em 2011. A jovem, grávida e tentando se libertar do agressor, foi brutalmente assassinada. Zilma mesma passou por um relacionamento abusivo, onde foi submetida a diversas formas de violência, incluindo a proibição de ver os pais e trabalhar. A violência psicológica e física eram constantes em sua vida.
Diante desses dados alarmantes, é essencial que as mulheres tenham acesso a mecanismos de apoio e proteção. O telefone 180 e as delegacias especializadas no atendimento à mulher estão disponíveis para oferecer ajuda e informações. É fundamental que a sociedade como um todo se mobilize para combater a violência contra as mulheres e garantir a segurança e dignidade de todas.
Fonte: Notícias Alalgoas