Mobilização em defesa da vida!
Mais um capítulo trágico marcou a história do Sistema Petrobrás nesta quarta-feira (27). Dois trabalhadores terceirizados da empresa Olicampo, contratada para serviços de manutenção, perderam a vida após o desmoronamento de uma plataforma de acesso na estação de tratamento de efluentes do Terminal de Angra dos Reis (TEBIG), no Rio de Janeiro.
A tragédia ocorreu durante a substituição de uma passarela que cedeu enquanto era desmontada, resultando no acidente fatal. Um dos sobreviventes sofreu fraturas e foi encaminhado ao hospital. Segundo o Corpo de Bombeiros, cinco trabalhadores foram atingidos no total.
O acidentes desta quarta-feira (27) não é um caso isolado, mas parte de uma série de fatalidades que têm deixado famílias devastadas e demonstrado que, infelizmente, a segurança não é tratada como um valor na empresa. A expectativa é que, desta vez, a alta direção compreenda a necessidade de substituir a gestão de SMS herdada do governo anterior.
Em outubro, em apenas 72 horas, três trabalhadores que prestavam serviço para a Petrobrás perderam a vida em acidentes ligados à precarização das condições de segurança. Rafaela Martins de Araújo, de 27 anos, contratada pela MJ2 Construções, foi atropelada por um rolo compressor, que teria perdido o freio. Petherson Katika, da Jomaga, faleceu na Repar em 8 de outubro. Edson Lopes Almeida, técnico da Modec, foi encontrado morto a bordo do FPSO Niterói, com indícios de causas naturais.
Diante desse quadro lamentável, a Diretoria do Sindipetro-LP, da Federação Nacional dos Petroleiros e da Federação Única dos Trabalhadores suspenderam a reunião para discutir o PRD, que estava agendada para a tarde desta quarta-feira (27). Os dirigentes organizaram uma caravana e estão a caminho do TEBIG para averiguar a situação e protestar, buscando evitar que essas mortes sejam reduzidas a meras estatísticas. Na sexta-feira (29), todas as entidades sindicais realizarão uma mobilização nacional em defesa da vida.
Tragédia
A tragédia acende um alerta sobre a precarização das condições de trabalho nas unidades da Petrobrás e suas subsidiárias. O acidente reflete anos de sucateamento da infraestrutura e negligência em relação às medidas preventivas de segurança.
Basta de mortes no Sistema Petrobrás!
Com informações do Sindipetro-RJ e G1
Matéria atualizada às 8h12 do dia 28 de novembro