Sindipetro-LP se soma a Ato Nacional Contra a Anistia para golpistas, em Santos e São Sebastião

Na luta

Na última terça-feira, 10 de dezembro, mobilizações em todo o país marcaram o Ato Nacional contra a anistia para golpistas, o fim da escala 6x1, contra a PEC 164/12, conhecida como PEC do estuprador, e contra a PEC 03/22, que propõe a privatização das praias brasileiras. O Sindipetro-LP participou das mobilizações em duas frentes, em Santos e em São Sebastião.

Em Santos, o ato aconteceu na Estação Cidadania, na Avenida Ana Costa, reunindo estudantes, entidades sindicais e de movimentos sociais. Além disso, o Sindipetro-LP realizou atrasos nos grupos de turno da RPBC e da UTE Euzébio Rocha, reforçando a luta por uma proposta justa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), além de discutir as propostas de reajuste do Vale Alimentação (VA) e Vale Refeição (VR). O movimento também se posicionou contra a anistia aos envolvidos em recentes articulações golpistas, reveladas entre setores das Forças Armadas e o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em São Sebastião, o ato ocorreu em frente à Câmara Municipal, com palavras de ordem contra a anistia aos golpistas, o repúdio às homenagens ao Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, e a Jair Bolsonaro pelo Legislativo municipal.

A mobilização destacou a importância de ocupar as ruas e repudiar qualquer tentativa de anistiar os responsáveis por ataques à democracia. Também reforçou a necessidade urgente de acabar com a escala de trabalho 6x1, denunciada como uma forma de escravidão moderna que compromete a saúde e o direito dos trabalhadores a uma vida digna fora do ambiente laboral.

Outro ponto central do ato foi o repúdio à PEC 164/12, que avança na Câmara dos Deputados após aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no último dia 27 de novembro. Essa proposta busca impedir a realização do aborto legal, mesmo nos casos previstos em lei, como estupro, anencefalia e risco de vida para a mulher, representando um ataque brutal aos direitos das mulheres e à autonomia sobre seus corpos.

Além disso, a PEC 03/22 foi amplamente denunciada como uma ameaça direta ao acesso público e universal às praias, podendo restringir a população em prol de interesses privatistas. A medida representa um retrocesso na preservação ambiental e no direito coletivo de usufruir desses espaços naturais.