gestão da Petrobrás cancela unilateralmente pagamento da RMNR e gera revolta entre petroleiros (as)

Em decisão unilateral, às vésperas do recesso do Judiciário, empresa corta o recebimento da Remuneração Mínima por Nível e Regime dos trabalhadores que tinham decisões transitadas em julgado

Presente de grego

Na reta final do ano e às vésperas do recesso do Judiciário, a Petrobras surpreendeu negativamente seus trabalhadores ao cancelar, de forma unilateral, os pagamentos relativos à Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR).

A medida atinge aqueles empregados cujas decisões judiciais já transitaram em julgado, livres de ações rescisórias ou que a possibilidade de recurso prescreveu (mais de dois anos).

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) manifesta desde já sua indignação diante deste ataque da empresa aos direitos dos trabalhadores.

A Petrobras abre, ao seu bel-prazer, uma livre interpretação de uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, desrespeitando os casos com execução concluída.

A FNP também destaca que o momento escolhido para implementar a decisão agrava ainda mais a situação, pois o recesso do Judiciário impossibilita qualquer reação imediata nos tribunais até 20 de janeiro.

“Os trabalhadores sequer foram notificados e puderam se organizar para se defender deste ataque”, pontua Adaedson Costa, secretário-geral da entidade.

Como resposta, contudo, a Federação Nacional dos Petroleiros reuniu seu departamento jurídico de forma emergencial para avaliar os passos necessários para contestar a medida e vai enviar um ofício à Petrobras solicitando explicações.

No documento, a FNP enfatizará que o cancelamento da RMNR é incompatível com o discurso da nova gestão da empresa, que havia prometido maior abertura ao diálogo com sindicatos e as federações.

A RMNR é um tema sensível para os petroleiros, uma vez que representa importante componente salarial para muitos trabalhadores do Sistema Petrobras.

A decisão de cortar o benefício sem aviso prévio, e em período próximo às festas de Natal e Ano Novo, foi vista como uma afronta pelo conjunto da categoria, que agora aguarda um desfecho positivo com a reversão da medida.

A Federação Nacional dos Petroleiros reafirma seu compromisso de lutar pela manutenção de todo e qualquer direito conquistado pelos trabalhadores. Além disso, convoca a categoria a se manter informada por meio dos seus canais oficiais.

Fonte: FNP