Petrolino a bordo!
Tudo flui bem quando um GEPLAT comprometido está a bordo. Os serviços são executados com excelência, a planta opera de forma suave, as rotinas seguem com perfeição e, o mais importante, as equipes trabalham em harmonia, em uma ambiência colaborativa e produtiva, como frequentemente ocorre na P-67.
No entanto, tudo pode mudar com a simples substituição da liderança, aquela que coloca a velocidade acima da segurança e dos procedimentos corporativos. Não é de hoje que há relatos de trabalhadores e trabalhadoras denunciando gestores truculentos que criam ou permitem condições inseguras de trabalho.
Permissões de trabalho já preenchidas antes mesmo da chegada do operador responsável são uma prova de que o compromisso com as normas de segurança, com a saúde e com a vida é relativo, mostrando que a prioridade está na velocidade.
Alguns GEPLATs frequentemente alteram as equipes designadas para os serviços, gerando confusão e imprevisibilidade entre executantes e emitentes, o que aumenta o risco de acidentes e traz desconforto e ansiedade aos trabalhadores. Além disso, a insistência em promover mudanças constantes resulta em perda de horas produtivas e desgaste nas atividades burocráticas.
Quem realiza atividades fora dos limites estabelecidos pelos Procedimentos Operacionais (PEs) é premiado, enquanto aqueles que seguem rigorosamente os PEs corporativos acabam marginalizados. Um episódio alarmante foi o manejo de um vazamento de produto químico, resolvido com um “jeitinho” que terminou abafado, sem as devidas ações corretivas e preventivas.
Equipes contratadas têm relatado exaustão diante da pressão por rapidez e da instabilidade gerada pelas mudanças frequentes de frentes de trabalho. Fiscais do MIEE, ao adotarem essa mesma abordagem, amplificam a pressão sobre os contratados, criando um ambiente hostil e propício a acidentes. Há um consenso entre os envolvidos na produção de que a atuação de gestores truculentos somente atrapalha o ambiente e acrescenta riscos de acidentes.
Outro ponto crítico foi o relato no qual um GEPLAT tentou, de forma autoritária, mostrar como um especialista deveria executar suas tarefas. Além disso, ao assumir papéis que deveriam ser desempenhados por operadores, no tratamento de PTs no APLAT, alguns GEPLATs desconsideram a estrutura já planejada para garantir barreiras de segurança contra acidentes. Ao centralizar o processo, um GEPLAT pode eliminar importantes avaliações já estudadas pelas equipes, fragilizando todo o sistema.
É fundamental reforçar que a segurança e o respeito aos processos devem ser um valor inegociável na Petrobrás. Qualquer prática que comprometa princípios desse valor precisa ser combatida para assegurar um ambiente de trabalho seguro, livre de acidentes e de assédio moral.
O Sindipetro-LP continuará empenhado em cobrar soluções efetivas para os problemas de assédio de qualquer natureza e para posturas inadequadas de gerentes que não demonstram capacidade de gerir pessoas, com o objetivo de manter um ambiente de trabalho seguro e respeitoso.