Assembleia dia 31
A Diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista convoca as trabalhadoras e trabalhadores de turno da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba, a participarem da assembleia que acontece no dia 31 de janeiro (sexta-feira) na estrada de acesso à unidade, antes da primeira portaria (P-1).
O pleito, que ocorrerá às 7h em primeira chamada e às 7h30 em segunda chamada, terá três pontos a serem discutidos: Efetivo operacional seguro, Aprovação de Assembleia Geral Permanente e Aprovação do Estado de Greve.
A realização da assembleia se faz necessário pois a empresa não sinalizou claramente a intenção de avançar no aumento do efetivo para que a planta seja operada em condições seguras. Somente a luta e a mobilização viabilizará avançar nas negociações.
O Sindipetro-LP vem denunciando há anos a situação dessa unidade e, por meio de ofícios e reuniões tem tentado convencer a gestão de que as atuais condições inseguras de operação da planta podem ser eliminadas com o aumento do efetivo operacional. Embora tenha ocorrido a abertura de diálogo com a gestão, ainda não há um posicionamento claro da empresa sobre o avanço para garantir um efetivo seguro na planta.
Talvez a gestão esteja aguardando que uma grande tragédia ocorra para começarem a tomar as medidas necessárias. O mais absurdo é que “o pau que bate em Chico não bate em Francisco”, pois as normas são aplicadas de maneira seletiva: quando a categoria está em greve, lutando por um ACT justo, as gerências entulham a UTGCA com fura-greves.
A redução do quadro fere o item 20.9.3 da NR-20, que estabelece que “na operação com inflamáveis e líquidos combustíveis, em instalações de processo contínuo de produção e de Classe III, o empregador deve dimensionar o efetivo de trabalhadores suficiente para a realização das tarefas operacionais com segurança.” Além disso a redução do efetivo praticada pela empresa tem acarretado os desvios de funções e condições inseguras decorrentes das adaptações em movimentações internas no dia-a-dia, como, por exemplo, quando da ausência de técnicos por diversos motivos (férias, licenças, treinamentos, etc).
A negligência com a segurança, em nome do lucro, tem causado tragédias anunciadas em todo o Brasil. Os crimes ambientais causados pela Vale em Brumadinho e Mariana reforçam a necessidade de se investir mais em segurança para evitar novas tragédias. As equipes de operação não conseguem garantir a segurança operacional com o quadro tão reduzido.
O que se pode concluir de toda essa situação é que a preocupação com as pessoas e a segurança de uma planta de processamento de gás é nula. O que é mais importante para eles é manter os multiplicadores no PCR dos gestores.
Participe da assembleia! Juntos, sempre somos mais fortes!
