Sindipetro-LP participa do Fórum de Efetivo da Petrobrás e cobra soluções para as bases operacionais

No Edisen

A diretoria do Sindipetro-LP participou nesta quinta-feira (6) do Fórum sobre o efetivo no Sistema Petrobrás, realizado no Edisen, no Rio de Janeiro. O evento contou com a presença de representantes da Petrobrás, Transpetro, PBIO, Termomacaé, Termobahia, TBG, além de integrantes da FNP e da FUP. Pelo Sindipetro-LP, estiveram presentes o coordenador Márcio André e os diretores Fábio Mello e Thiago Nicolini.

Logo no início do evento, a diretoria do Sindipetro-LP realizou um protesto contra a situação da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), localizada em Caraguatatuba, cujos trabalhadores e trabalhadoras estão em estado de greve devido à redução no efetivo operacional. Além da UTGCA, outras bases do Litoral Paulista também estão operando no limite, como no terminal de Alemoa e Pilões, bases da Transpetro localizadas em Santos e Cubatão, que enfrentam problemas pela falta de efetivo operacional. Em resposta, o gerente de Relações Sindicais da Petrobrás sinalizou, durante sua fala no evento, que convocará uma reunião com o Sindicato, prevista para acontecer nesta sexta-feira (07).  

Durante o fórum, as discussões abordaram os desafios da gestão do efetivo, com apresentações da Petrobrás sobre o balanço de 2024 e o planejamento estratégico para 2025-2029. A empresa focou em temas sugeridos pelas entidades sindicais, como gestão do efetivo, transferências, plano de concursos e contratações devido aos PIDVs, além de segurança e saúde no trabalho.  

A FNP e a FUP apresentaram uma análise abrangente sobre a situação dos trabalhadores do Sistema Petrobrás, destacando o histórico do efetivo desde 1958, fases marcantes como a privatização e o pré-sal, e a mobilização sindical para ampliar o quadro de pessoal e melhorar as condições de trabalho e segurança. Foram abordados desafios ligados à terceirização, mobilidade de pessoal e aposentadorias, ressaltando a necessidade de uma gestão participativa e transparente, focada na saúde, segurança e no papel estratégico da Petrobrás para o Brasil.  

Apesar da relevância do evento, o Fórum ficou aquém das expectativas de alguns representantes sindicais, causando frustração quanto à profundidade das discussões e à ausência de soluções práticas imediatas para os problemas apontados pelas entidades.  

A realização do fórum foi um compromisso da Petrobrás com as entidades sindicais, conforme previsto nas cláusulas 95 do ACT Petrobrás e 86 do ACT Transpetro, que asseguram um espaço anual de diálogo sobre o efetivo de pessoal.