Jurídico da FNP trabalha para reaver pagamentos cortados que possuem decisões transitadas em julgado

RMNR

Após cancelamentos unilaterais realizados em dezembro de 2024, advogados da Federação Nacional dos Petroleiros traçam estratégia para obrigar a Petrobrás voltar a pagar a Remuneração Mínima por Nível e Regime aos trabalhadores que possuem decisões transitadas em julgado

 Em reunião recente convocada pelo departamento jurídico da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), os advogados e os dirigentes sindicais discutiram os cortes no pagamento da Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR) aos trabalhadores, realizado pelas empresas do Sistema Petrobras ao final de 2024.

Esse benefício, inclusive, vinha sendo pago a muitos petroleiros com base em ações judiciais transitadas em julgado. Ou seja, a Petrobras, ao cancelar o pagamento da RMNR, viola a coisa julgada. Trata-se de uma afronta aos direitos adquiridos pela categoria.

O jurídico da FNP tem plena convicção de que a luta pela manutenção do beneficio é válida, mas também avalia que o momento exige cautela, uma vez que muitas empresas estão realizando Reclamações ao Supremo Tribunal Federal (STF), direcionadas exclusivamente sob a responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes.

O regimento interno do STF, no entanto, não permite que essas Reclamações sejam direcionadas diretamente a um ministro específico. O processo deveria seguir a livre distribuição, permitindo que todos os ministros tenham acesso às demandas.

Assim, o jurídico da FNP acredita que a defesa dos petroleiros que possuem ações referentes a RMNR precisa evitar que novas decisões em instâncias inferiores resultem em Reclamações diretas ao STF, de modo a sepultar a possibilidade de vitória da demanda coletiva.

O departamento jurídico da FNP vai procurar os advogados da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e de outros Sindipetros para que possam todos trabalhar em uma estratégia conjunta, de modo a resultar no retorno ao pagamento da RMNR.

Fonte: FNP