Falta de Água Potável na P-67: calor do verão era previsto, mas gestão negligenciou o abastecimento

Quem aguenta?

Na plataforma P-67, os trabalhadores e trabalhadoras enfrentam uma grave escassez de água potável, situação que piorou nos últimos dias. Diversos bebedouros foram retirados, e a única opção disponível atualmente são as garrafinhas de água. No entanto, o abastecimento tem sido insuficiente, e desde o dia 3 de fevereiro, a água já não está sendo levada para as áreas de trabalho, comprometendo o bem-estar e a segurança dos embarcados.

O calor intenso dos últimos dias aumentou significativamente o consumo de água, mas essa situação era previsível. Janeiro e fevereiro são tradicionalmente meses de altas temperaturas, e a gestão da plataforma deveria ter se preparado para garantir o abastecimento adequado. No entanto, a reposição de água não tem sido feita de maneira eficiente, deixando os trabalhadores em uma situação de vulnerabilidade.

De acordo com relatos das trabalhadoras e trabalhadores, o problema começou no final do mês de janeiro, mas atingiu um nível crítico no dia 3de fevereiro, quando a água potável acabou completamente. Desde então, as três geladeiras da plataforma, que armazenam garrafinhas de meio litro, estão vazias. Apenas um bebedouro foi mantido do lado de fora do refeitório, e outro foi instalado recentemente no piso das oficinas. No entanto, esses pontos de abastecimento são insuficientes para atender à alta demanda dos trabalhadores.

O sindicato apurou que um container de água chegou à plataforma, mas a descarga não foi priorizada. Além disso, a previsão inicial era de que chegassem garrafinhas d’água, mas o que foi entregue foram galões de água, o que significa que os embarcados e embarcadas continuarão sem água suficiente para levar às áreas de trabalho por mais alguns dias.

A falta de água potável em uma plataforma offshore, onde as condições de trabalho já são desafiadoras, coloca em risco a saúde e a segurança dos trabalhadores. A desidratação, especialmente em um ambiente quente e exigente, pode levar a problemas graves de saúde, além de afetar a produtividade e o moral da equipe.

A diretoria do Sindipetro-LP tomou conhecimento do problema e acionou o RH, cobrando uma solução imediata, mas até o momento a situação persiste. As trabalhadoras e os trabalhadores exigem que a gestão da P-67 tome medidas imediatas para resolver o problema, incluindo:

•    Abastecimento Prioritário: Garantir que a descarga de containers de água seja tratada como prioridade;
•    Reposição Contínua: Estabelecer um sistema eficiente de reposição de água, com estoque suficiente para atender à demanda, especialmente durante os meses de verão;
•    Bebedouros Adequados: Reinstalar bebedouros em pontos estratégicos da plataforma, garantindo acesso fácil e seguro à água potável;
•    Transparência: Informar os trabalhadores sobre as medidas que estão sendo tomadas para resolver a situação e evitar que o problema se repita.

É hora de priorizar o bem-estar daqueles que mantêm a plataforma em operação e evitar que a negligência coloque em risco a saúde e a segurança das trabalhadores e dos trabalhadores