Nem um passo atrás! Sindipetro-LP inclui a luta em defesa do teletrabalho nas pautas das bases operacionais

Mobilização Nacional

Na última quarta-feira (12), as bases da FNP e FUP em todo o Brasil se mobilizaram no Dia Nacional "Nem um passo atrás", em defesa das negociações com o RH pelo teletrabalho. A ação teve adesão das bases do Sindipetro-LP, com manifestações e atrasos na UTGCA, em Caraguatatuba, no Tebar, em São Sebastião, na Alemoa, em Santos, e na RPBC, em Cubatão. A categoria reforçou seu apoio à manutenção do teletrabalho e destacou outras reivindicações importantes.

O teletrabalho, adotado durante a pandemia para preservar a saúde dos trabalhadores, trouxe benefícios tanto para os empregados quanto para a Petrobrás. Durante esse período, a produtividade foi mantida, e a empresa alcançou altos lucros, economizando com prédios desocupados. Contudo, os trabalhadores não receberam suporte financeiro para cobrir custos adicionais, como luz, água e internet, apesar das vantagens proporcionadas pelo modelo, como mais tempo com a família, menos horas no trânsito e a redução da pressão do ambiente presencial.

As mobilizações refletem o descontentamento com a postura do RH da Petrobrás, que, apesar de convocar uma reunião com as federações, declarou não ter autonomia para negociar sem o aval da diretoria executiva. Esse impasse gerou ainda mais indignação e fortaleceu a determinação da categoria em garantir um teletrabalho regrado e vantajoso para todos.

O objetivo é claro: incluir um aditivo no Acordo Coletivo que assegure direitos ao teletrabalho, promovendo dignidade, reconhecimento e respeito. Decisões que alteram as condições de trabalho e impactam diretamente a rotina dos empregados não devem ser tomadas unilateralmente, mas sim discutidas com quem vive a realidade da Petrobrás no dia a dia, por meio dos sindicatos.

Mesmo diante do prazo concedido pela empresa, a luta segue firme, agora com a categoria mais unida do que nunca. Trabalhadores do operacional e do administrativo se somam para defender o direito ao diálogo e às negociações justas, garantindo melhores condições para todos

Pautas gerais que motivam a união na defesa de direitos fundamentais para a categoria
Na UTGCA, Alemoa e Tebar, os petroleiros e petroleiras também se mobilizaram pela ampliação do efetivo e pela segurança nas bases operacionais. Na RPBC, além do tema do teletrabalho e do aumento de efetivo, foram apresentados informes sobre os debates relativos ao Vale Refeição/Alimentação. Essa mudança levanta preocupações sobre o impacto na alimentação in natura dos trabalhadores e trabalhadoras da unidade, principalmente com relação aos empregados contratados.

Durante os atos, o Sindipetro-LP também destacou discussões importantes realizadas em reuniões recentes. No Fórum de Efetivo, realizado no Rio de Janeiro no dia 6 de fevereiro, foram debatidas questões como o quadro atual de empregados, projeções de contratação para 2025 e a necessidade de ampliação de efetivos em áreas estratégicas, além de tratar do retorno de transferidos compulsoriamente. Outro ponto levantado foi a luta contra a violência no trabalho, com denúncias levadas pelo sindicato sobre casos de contratadas demitidas após denunciarem abusos, reforçando a necessidade de ações mais efetivas no Programa Petrobrás Contra a Violência Sexual e no Trabalho.

Na UTGCA, o Grupo 1 aproveitou a oportunidade da mobilização para realizar uma assembleia sobre a proposta apresentada pela empresa, que incluiu a convocação de 7 novos empregados, sendo 6 deles operadores, provenientes do atual concurso.

A mobilização também convidou a categoria a participar de eventos organizados pelo Sindicato, como o Seminário sobre Transição Energética, realizados nos dias 14 e 15 de fevereiro na sede do Sindipetro-LP, reunindo especialistas para discutir o futuro do setor. Além disso, foi destacada a primeira reunião sobre problemas de SMS e RH na Transpetro, marcada para o dia 19 de fevereiro.

Seguimos mobilizados!