Edisa segue indicativo do Sindipetro-LP e aprova greve a partir de 26 de março em defesa do teletrabalho

Vai ter luta!

Os petroleiros e petroleiras do regime administrativo da Petrobrás, no Edisa Valongo, em Santos, deram mais uma demonstração de força e unidade ao aprovarem, por ampla maioria, os indicativos propostos pelo sindicato durante a assembleia realizada nesta quarta-feira (12). A categoria decidiu pela Assembleia Permanente, pelo Estado de Greve, pelas 
Mobilizações e, caso a empresa mantenha sua postura intransigente, pela deflagração de uma Greve por tempo indeterminado a partir de 26 de março de 2025.

Na ocasião, a diretoria do Sindipetro-LP compartilhou os resultados da reunião com a Petrobrás, ocorrida no dia anterior. Apesar de um pequeno avanço, com a possibilidade de criação de um acordo coletivo específico para o regime administrativo com validade de dois anos, a proposta foi condicionada a um termo de adesão, forçando os trabalhadores a escolher entre o teletrabalho em condições limitadas ou o retorno integral ao presencial.

A frustração com a postura da empresa cresceu ao se perceber que a "negociação" foi, na verdade, uma imposição unilateral, com a apresentação de um calendário já definido. Sem abrir espaço para o diálogo, a Petrobrás manteve a obrigatoriedade de três dias presenciais por semana, restringiu o teletrabalho para novos funcionários, que só poderão aderir após 18 meses de trabalho presencial, e limitou a concessão a apenas seis dias remotos por ano, priorizados para o período de festas de fim de ano.

A insatisfação vai além da conveniência do teletrabalho. Estamos lidando com questões que envolvem segurança, qualidade de vida e respeito aos trabalhadores. Em um cenário de crescente violência urbana, obrigar deslocamentos desnecessários é uma atitude que expõe os trabalhadores a riscos evitáveis. Não é aceitável que a empresa exija presença física para fazer reuniões virtuais o dia inteiro. 

A mobilização da categoria tem sido exemplar. No Edisa, no Edisen e em outros prédios administrativos, o engajamento dos trabalhadores e trabalhadoras vem crescendo, especialmente em um setor historicamente menos participativo em paralisações. 
A greve de um dia organizada pelo Sindipetro-RJ, com mobilização nacional, foi uma prova de força, conduzida de forma pacífica, organizada e com ampla adesão.

A Petrobrás precisa entender que não há espaço para retrocessos. A regulamentação do teletrabalho deve ser incluída no Acordo Coletivo de Trabalho, sem imposições individuais que fragilizem os direitos conquistados. 

Por isso, reforçamos: não assinem nada! A resistência individual fortalece a luta coletiva. O avanço só virá com mobilização, e os trabalhadores estão provando que não recuarão diante das tentativas de desgaste da empresa.

Parabéns a todos os petroleiros e petroleiras que seguem firmes nessa luta! A conquista será fruto da nossa resistência!