negligência
Um novo caso de negligência no atendimento médico na Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba, reacendeu a preocupação com a segurança dos trabalhadores e trabalhadoras no local. Na última terça-feira (18), uma profissional de segurança patrimonial passou mal durante seu expediente e, ao buscar atendimento no ambulatório da unidade, foi encaminhada para um hospital particular em um veículo comum, sem acompanhamento adequado, em vez de ser transportada por ambulância.
Segundo relatos, a trabalhadora apresentava sintomas graves, com suspeita de infarto ou AVC. No entanto, a regulação do serviço de saúde optou por não liberar a ambulância, justificando que o transporte emergencial só é autorizado em casos considerados de extrema gravidade, para evitar que a unidade fique sem viaturas. A decisão colocou a vida da funcionária em risco, pois, caso tivesse sofrido uma complicação no trajeto, não haveria suporte médico adequado para socorrê-la.
Esse não é um caso isolado. Trabalhadores e trabalhadoras da UTGCA denunciam que a avaliação médica na unidade, feita de forma remota, compromete a qualidade do diagnóstico e do atendimento. Além disso, já foram registradas diversas situações semelhantes, em que trabalhadores doentes ou em situação de urgência foram transportados em veículos particulares, sem as condições adequadas para garantir sua segurança.
O Sindipetro-LP denuncia a precarização do atendimento de saúde na UTGCA e cobra providências imediatas para que casos como esse não se repitam. É inadmissível que a gestão da unidade e da empresa coloque em risco a vida de seus trabalhadores para economizar com um serviço essencial. É necessário rever os contratos com as prestadoras de serviço e garantir transporte seguro e adequado em casos de emergência.
O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista também defende a manutenção do atendimento presencial por médico próprio na UTGCA, garantindo um serviço de saúde de qualidade e alinhado às necessidades dos trabalhadores e trabalhadoras. Além disso, luta pela primeirização de toda a equipe de saúde, assegurando condições dignas de trabalho e um atendimento mais seguro e eficiente para os petroleiros. A Diretoria do Litoral Paulista segue acompanhando a situação e exigindo soluções concretas para que todos tenham um atendimento de saúde digno, efetivo e seguro.