Litoral Paulista aprova greve e manda recado: estamos em luta!

Basta de ataques!

A intransigência do comando da Petrobrás terá consequências na próxima quarta-feira, 26 de março. Em defesa dos direitos da categoria, os petroleiros e petroleiras do Litoral Paulista aprovaram, com ampla maioria, a participação na Greve Nacional Unificada, organizada pelas federações petroleiras - FNP e FUP.

A indignação da categoria é reflexo da proposta inaceitável de redução da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e do cronograma de mudanças no teletrabalho, sem qualquer negociação, por parte da gestão de RH da Petrobrás. Além disso, reivindica um Plano de Cargos e Carreiras (PCCS) único e integrado para todo o Sistema Petrobrás, conforme a proposta da categoria. Também cobra o respeito ao ACT, com a garantia do uso do código 2040 para compensação de horas trabalhadas, o pagamento da transferência definitiva e uma ajuda de custo digna aos novos empregados. A recomposição do efetivo, com a convocação de todos os aprovados em concurso público e a abertura de novos certames, é uma demanda urgente.

Os trabalhadores e trabalhadoras exigem ainda o fim dos PEDs do Plano Petros, ressaltando que a Petrobrás precisa arcar com sua dívida junto aos participantes do plano. Defendem direitos para os petroleiros contratados e melhores condições de trabalho para todos. Diante do aumento dos acidentes, mortes e adoecimentos, a categoria reforça a necessidade de uma nova política de segurança e saúde do trabalhador, garantindo um ambiente de trabalho digno e seguro para todos.

A decisão pela greve foi tomada entre 18 e 20 de março, em assembleias realizadas nas unidades de terra e mar, bem como na sede e subsede do Sindicato. Nessas assembleias, as imposições do alto escalão foram rechaçadas de forma contundente, evidenciando um movimento que se consolidou nas unidades operacionais, nos grupos de turno e nas plataformas da Bacia de Santos.

A força de trabalho demonstrou sua insatisfação com os sucessivos e descabidos ataques e o profundo descaso com aqueles que fazem as engrenagens da empresa girarem, garantindo um lucro líquido gigantesco que foi manobrado contabilmente.

Enquanto isso, outras bases da FNP e da FUP seguem com assembleias, reforçando o indicativo de aprovação da greve e a necessidade urgente de reabertura das negociações.

O momento exige união e mobilização para garantir conquistas à altura do esforço da categoria.