Pressão da greve nacional força Petrobrás a retomar negociações sobre trabalho híbrido

Dia 2 de abril

A greve nacional dos petroleiros, motivada por várias pautas, realizada no dia 26 de março, mobilizou todas as bases do país e contou com forte adesão no Litoral Paulista, abrangendo unidades de terra, mar e setores administrativos. A força dessa mobilização unitária surtiu efeito: a Petrobrás foi pressionada a retomar o diálogo com a categoria. 

Na manhã desta segunda-feira (31), a gestão da empresa enviou um ofício à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), agendando uma reunião com os sindicatos para tratar sobre o tema pela urgência do prazo imposto. O encontro ocorrerá nesta quarta-feira (02), às 15h, no Edisen, no Rio de Janeiro.

A expectativa de todos é de que a Petrobrás finalmente apresente uma proposta que atenda às reivindicações das trabalhadoras e trabalhadores. Até o momento, as reuniões foram marcadas por imposições por parte da empresa.

A categoria exige que o trabalho hibrido seja garantido por meio do Acordo Coletivo ou de um aditivo, algo que a gestão da empresa já se comprometeu a fazer. No entanto, o verdadeiro impasse está na tentativa de ampliar os dias presenciais, uma decisão unilateral que afronta os direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores. O que queremos da empresa é uma resposta objetiva: se insistirá nesse avanço ou se estará aberta a manter os três dias de trabalho híbrido, ou ainda, a negociar uma alternativa intermediária? Estamos dispostos a discutir alternativas, mas não aceitaremos imposições. Além disso, os gestores têm se mostrado inflexíveis quanto ao prazo de adesão, impondo um limite arbitrário que dificulta as negociações e desrespeita a necessidade de um processo transparente e justo para a categoria.

A negociação do trabalho híbrido é apenas uma das muitas frentes de batalha dos petroleiros. Para conquistar direitos e garantir melhores condições para todos os setores, o caminho continua sendo a organização e a mobilização.

Juntos, sempre somos mais fortes!