Em mesa
A Diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista e os sindicatos que compõem a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) estiveram reunidos nesta quarta-feira (2), no Edisen, no Rio de Janeiro, para debater o regime de trabalho híbrido na Petrobrás.
Na abertura da reunião, foram endossadas todas as reivindicações que culminaram na greve unitária nacional do último dia 26 de março. As federações petroleiras ratificaram a pauta de reivindicações e lamentaram a postura da gestão da Petrobrás, que insiste em restringir o debate apenas ao teletrabalho, ignorando questões essenciais para a categoria. Além disso, a FNP e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) entregaram a proposta do Plano de Cargos e Salários, construída conjuntamente no seminário realizado no início de março, com a expectativa de que as negociações sobre o tema sejam iniciadas o quanto antes.
No que diz respeito ao trabalho híbrido, a empresa prorrogou o prazo de adesão para o dia 30 de maio, porém manteve o termo ativo, o que contraria qualquer princípio de boa-fé negocial. A simples extensão do prazo, sem a suspensão do termo, demonstra que não há intenção real de alterar as condições previamente impostas pelo alto escalão da empresa. A FNP e o Sindipetro-LP reforçaram que, à época do último Acordo Coletivo de Trabalho, foi apresentada uma proposta de teletrabalho que não se limitava à quantidade de dias trabalhados remotamente, mas também abrangia questões como apoio financeiro para cobrir despesas com o trabalho remoto, flexibilidade na jornada com a possibilidade de concentrar dias presenciais ao longo do mês, direito ao teletrabalho para trabalhadores que residam em localidades distintas de seus locais de lotação e a garantia desse regime para pais com crianças de até 36 meses, entre outros pontos.
O Sindipetro-LP lamenta, mais uma vez, que a gestão de Magda Chambriard não valorize a mesa de negociação. Ao manter o termo ativo mesmo durante a prorrogação do prazo, os gestores desrespeitam o processo negocial e comprometem o diálogo com a categoria. Diante disso, a posição da FNP e do Sindipetro-LP é clara: para que a negociação ocorra de forma legítima e transparente, é necessário suspender o calendário e o termo vigente, permitindo que sejam realizadas reuniões efetivas nesse período. Somente assim será possível construir um acordo que, de fato, atenda às necessidades das trabalhadoras e trabalhadores.