Em reunião
Em reunião ocorrida ontem (08/04) na sede da empresa, Federação Nacional dos Petroleiros também tratou de questões como alimentação, assédio e segurança no trabalho
A diretoria da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) se reuniu ontem (08/04) com representantes da gestão da Transpetro, subsidiária da Petrobras, na sede da empresa, localizada na Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio de Janeiro.
A reunião foi marcada por cobranças contundentes da federação sobre o tratamento dado aos seus dirigentes, a situação dos trabalhadores próprios e contratados, além de pautas de saúde, segurança e condições de trabalho.
Logo no início do encontro, a FNP exigiu o fim da discriminação institucional contra seus representantes em eventos oficiais da Petrobras e das suas subsidiárias.
Episódios de constrangimento vêm se repetindo, com a exclusão de dirigentes da FNP das mesas de cerimônia e até mesmo barreiras de acesso e revistas vexatórias.
Um exemplo citado foi a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em fevereiro deste ano, ao Terminal da Baía de Ilha Grande (TEBIG), em Angra dos Reis (RJ) – base do Sindipetro-RJ, filiado à FNP.
A Federação Nacional dos Petroleiros também lembrou que situação semelhante ocorreu em setembro de 2024, durante a inauguração do Complexo de Energia Boaventura, em Itaboraí (RJ).
“Exigimos direito à fala nos cerimoniais, como tem a outra federação, e que possamos acessar esses eventos sem sofrer discriminação, revistas ou intimidações à atuação sindical”, declarou Leandro Lanfredi, diretor da FNP e do Sindipetro-RJ.
Durante a reunião, a FNP cobrou ainda a presença efetiva da Transpetro no Grupo de Trabalho (GT) de Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS) dos prestadores de serviço, organizado pela Petrobras. A federação criticou a ausência da subsidiária nos debates, que tratam de temas sensíveis para os trabalhadores terceirizados.
Outro ponto central foi a recomposição do efetivo da empresa. A FNP pediu a convocação de todos os aprovados nos últimos concursos, com o objetivo de zerar o cadastro de reserva e garantir a reposição do quadro de trabalhadores próprios.
Também foi destacada a necessidade de melhorias nas condições dos trabalhadores contratados, incluindo o fim da escala de trabalho 6×1 dentro da empresa, o pagamento do piso da categoria e a ampliação do plano de saúde.
A questão da alimentação nas unidades operacionais também esteve na pauta. A FNP denunciou o fechamento de restaurantes nas bases da Transpetro, o que tem gerado transtornos, principalmente aos trabalhadores contratados – isso porque as empresas aplicam contratos com valores diferenciados ao vale-alimentação (VA), aprofundando as desigualdades entre os empregados.
Casos de assédio dentro da empresa também foram denunciados pela FNP, que solicitou uma reunião com a Ouvidoria da Transpetro para tratar dos casos registrados e cobrou transparência na divulgação de dados sobre as denúncias e os encaminhamentos dados pela empresa.
A FNP destacou que continuará atenta e mobilizada para garantir os direitos dos trabalhadores do Sistema Petrobras, com atuação firme na defesa da categoria e contra qualquer forma de discriminação ou ataque à atuação sindical.
Fonte: FNP