Negocia, Petrobrás!
Nesta quinta-feira, 24 de abril, a categoria petroleira mostrou sua força em mais um Dia Nacional de Luta organizado pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e seus sindicatos. Com mobilizações no Tebar (São Sebastião), RPBC e Pilões (Cubatão) e na Alemoa (Santos), os atos tiveram como objetivo pressionar a gestão da Petrobrás por soluções imediatas para problemas que afetam a vida e os direitos dos trabalhadores, incluindo a devolução imediata dos valores descontados da PLR dos trabalhadores da holding, uma prática inaceitável que precisa ser corrigida.
Os trabalhadores e trabalhadoras exigem respostas para questões como a precarização causada pela falta de efetivo e a sobrecarga de horas extras, que comprometem tanto a operação quanto a segurança industrial. Para a categoria, é preciso convocar os concursados que estão no cadastro de reserva, bem como valorizar, sem discriminação e com isonomia, todos os aprovados nos concursos.
A ausência de um plano de cargos e salários estruturado também foi cobrada durante o ato, pois compromete a valorização dos trabalhadores e trabalhadoras, criando desigualdades e desmotivação. A categoria defende a implementação de critérios objetivos para progressões e reajustes, garantindo transparência e justiça. Um plano igualitário é essencial para reconhecer a qualificação, a experiência e o tempo de serviço, fortalecendo a força de trabalho e assegurando condições dignas para todos.
O impacto devastador dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) sobre aposentados e pensionistas também foi abordado, com um apelo para que a Petrobrás respeite aqueles que ajudaram a construir a companhia. É preciso dar um basta nos equacionamentos assassinos que atormentam a vida de quem dedicou anos à empresa.
Outro ponto foi a cobrança para que a Petrobrás volte à mesa de negociações sobre o teletrabalho, respeitando as propostas já apresentadas pelas federações e atendendo às diferenças apontadas pela categoria.
A mensagem é clara: a categoria está mobilizada e, se necessário, a luta será intensificada. Se for preciso, vamos construir a greve nacional petroleira!