Nada de nada
No dia 30 de abril, o Sindipetro-LP e os demais sindicatos que compõem a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) estiveram reunidos com representantes do RH da Petrobrás para tratar da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e do Plano de Cargos e Salários (PCCS). No entanto, o encontro serviu apenas para o cumprimento de protocolo: não houve qualquer avanço nas negociações.
Mais uma vez, o alto escalão da empresa seguiu a velha cartilha da enrolação. Sobre a PLR, foi cobrado o pagamento integral da PLR 2024, conforme previsto no simulador. A Petrobrás, no entanto, não apresentou nenhuma proposta concreta. A empresa afirmou que ainda está avaliando sobre a PLR. É inadmissível que a companhia desembolse R$ 9 bilhões para acionistas e, ao mesmo tempo, descumpra compromissos assumidos com os trabalhadores.
Em relação ao PCCS, a empresa avaliou o documento enviado de forma unificada pelas duas federações, respondeu dúvidas e se comprometeu a dar continuidade ao debate em novas reuniões. Informou também que pretende retomar as negociações do novo plano de cargos no final de maio ou início de junho.
Outro ponto levantado foi a ausência da Transpetro nas mesas de negociação, uma violação direta ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que prevê a participação da subsidiária nesses espaços.
Também foi cobrada uma solução para a questão dos abonos dos dias de greve, que seguem pendentes, mesmo após diversas tratativas.
O recado das entidades foi claro: não estamos de brincadeira. É urgente que a empresa compreenda que a categoria exige respeito, seriedade e resultados concretos nas negociações. A paciência dos trabalhadores e trabalhadoras está se esgotando diante de tanto descaso.