Nova proposta de teletrabalho da Petrobrás continua ignorando pautas essenciais da categoria

Vamos pra luta!

Nesta quinta-feira (08), ocorreu mais uma rodada de negociação com a gestão de RH da Petrobrás para tratar sobre  teletrabalho. A empresa apresentou uma nova proposta para o modelo híbrido, com validade de dois anos, insuficiente e que não considerou pontos fundamentais da pauta dos trabalhadores e trabalhadoras.

A Petrobrás manteve a exigência de, no mínimo, três dias de trabalho presencial por semana, permitindo apenas até dois dias de trabalho remoto. Flexibilizações mínimas foram propostas para gestantes, pais de crianças de até dois anos e para quem reside a mais de 100 km do local de lotação — e, ainda assim, essa última condição só valeria até julho. A proposta, portanto, segue excludente e insensível à diversidade da força de trabalho.

Mais uma vez, ficaram de fora temas centrais como a situação dos PCDs, dos empregados deslocados de outros estados e dos trabalhadores com mais de 60 anos. A empresa também não se posicionou sobre o abono dos dias de greve, indicando que só pretende discutir o tema após a assinatura de um novo acordo, o que demonstra má-fé nas negociações.

Além disso, a proposta ignora reivindicações urgentes da categoria, como a segurança no ambiente de trabalho, a política de remuneração variável e o tratamento das pendências oriundas da greve nacional. É inaceitável que os trabalhadores, que movimentam a empresa, continuem sendo penalizados, enquanto os acionistas seguem recebendo dividendos extraordinários. É a   boa e velha política de Robin Hood às avessas. 

A Diretoria do Sindipetro-LP e dos sindicatos que compõem a FNP e FUP seguem firmes na construção de uma contraproposta unificada, ouvindo as bases e organizando a luta. A entrega do documento à Petrobrás está prevista para a próxima quarta-feira, 15 de maio. A mobilização continua, e a categoria precisa estar atenta e unida para garantir condições dignas e justas de trabalho.

Com informações FUP e Sindipetro-RJ